A presidente Dilma Rousseff (PT) disse ontem em Boa Vista, em Roraima, durante cerimônia de entrega de 747 casas do Programa Minha Casa, Minha Vida, que respeita a democracia no Brasil, que sabe o que é viver numa ditadura e que sabe suportar pressões. "Por isso, eu respeito a democracia e o voto. Podem ter certeza que, além de respeitar, eu honrarei o voto que me deram. A primeira característica de quem honra o voto que lhe deram é saber que ele é a fonte da minha legitimidade e ninguém vai tirar essa legitimidade que o voto me deu". No discurso, ela afirmou ainda que se dedicará, "com grande empenho" nos próximos meses e anos do mandato, a "assegurar a estabilidade política" do País. No pronunciamento, a presidente reconheceu que o Brasil passa por dificuldades e concordou que falta muita coisa para ser feita. Para Dilma, o País hoje é "robusto", tem reservas internacionais e avançou muito ao tirar milhões de pessoas da pobreza extrema e transformar a sociedade brasileira. "Antes, a gente era, principalmente, País só de pessoas bem pobres. Hoje, somos País de classe média. Podem ter certeza de que me dedicarei, dia e noite, hora por hora, a garantir que o País saia o mais rápido possível de suas dificuldades", acrescentou a presidente. Democracia Sobre a proposta do PSDB e do DEM, que na última quinta-feira defenderam novas eleições, Dilma disse que, ao longo da vida, passou muitos momentos difíceis. "Então, sou uma pessoa que aguenta pressão, que aguenta ameaça. Aliás, sobrevivi a grandes ameaças à minha própria vida. O Brasil hoje pode ser muito diferente daquele em que tive de enfrentar as temíveis dificuldades. O País hoje é uma democracia, que respeita, sobretudo, uma eleição direta pelo voto popular". A presidente também falou sobre a necessidade de dedicação pela estabilidade "institucional, econômica, política e social" do Brasil, que tem uma democracia em que se deve respeito aos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. "Sei que têm brasileiros sofrendo. Por isso, me comprometo a trabalhar diuturnamente. A gente tem horário de serviço um pouco longo, mas acho que é minha obrigação, meu dever. Além disso, me comprometo também a contribuir e me esforçar pela estabilidade. Me disponho a trabalhar incansavelmente para assegurar a estabilidade política do País. Quero dizer que me dedicarei com grande empenho a isso nos próximos meses e anos do meu mandato", completou.