Cidades

161 milhões de litros de água são furtados de 1.038 ligações clandestinas

16 SET 2015 • POR • 08h01

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) identificou 1.038 casos de furtos de água entre janeiro e julho deste ano. O número equivale a 161 milhões de litros de água potável desperdiçados, o que daria para abastecer 28 mil habitantes em um mês. Os dados são referentes às cidades abastecidas pela companhia na região: Arujá, Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Poá, Salesópolis e Suzano. A quantidade de ligações clandestinas aumentaram 108,43% em comparação ao mesmo período do ano passado, quando a Sabesp contabilizou 498 casos. Já com relação ao volume de água desperdiçada, o crescimento foi de 235,42%. Entre janeiro e julho do ano passado foram desperdiçados 48 milhões de litros, o que daria para abastecer 10 mil pessoas em um mês. O número de casos registrados neste ano representa 9,29% do total de casos da Grande São Paulo. A Sabesp identificou 11.168 casos de furto de água nesta região, o que representa um aumento de 36% em relação ao ano passado, quando foram contabilizados 8.220 flagrantes. Os 2,46 bilhões de litros de água potável que os fraudadores furtaram são suficientes para abastecer cerca de 200 mil pessoas durante um mês. A companhia informou que cobra retroativamente a tarifa pela água furtada e pelo esgoto coletado. Além disso, o responsável pela fraude responde por crime de furto e pode pegar até oito anos de detenção. CAÇA-FRAUDE A Sabesp trabalha com 70 equipes de caça-fraude na Grande São Paulo, incluindo as cidades do Alto Tietê, e na região de Bragança Paulista. Os técnicos acompanham o consumo e vistoriam os imóveis quando há indícios de irregularidade. Em parceria com a Secretaria de Estado de Segurança Pública, a empresa realiza operações conjuntas com a polícia, para casos em que o fraudador impede a fiscalização e para prender os agentes fraudadores - que vendem a adulteração para moradores, comerciantes e indústrias. Do total de fraudes identificadas de janeiro a julho deste ano, 9.567 casos foram detectados em residências, 984 em estabelecimentos comerciais e outros 617 em imóveis de uso misto e indústrias. No entanto, as fraudes em comércios geram um desvio muito maior de água por causa do tipo de consumo. A violação de hidrômetro (6.185) e as ligações clandestinas (4.983) foram as principais ocorrências.