Cidades

12 trabalhadores são encontrados em condições de trabalho escravo

18 SET 2015 • POR • 08h01

O Ministério do Trabalho e Emprego encontrou 12 trabalhadores em condição de trabalho escravo em um alojamento na Rua Brasfanta, 469, Jardim Santa Inês. De acordo com os 12 trabalhadores que vieram do Maranhão e Piauí trabalhar na Capital, eles não recebiam salário, a comida era por conta própria e o local em que estavam alojados era precário. A empresa contratou os homens para realização de obras em São Paulo, mas ficavam em Suzano. O DS esteve no alojamento e constatou que havia muita sujeira na varanda e buracos de ratos por todo o alojamento. Além disso, os funcionários dormiam em dois cômodos pequenos e o banheiro estava em situação precária. Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Mogi das Cruzes, Suzano e Região (SintraMog), Anderson da Silva de Almeida, os funcionários estavam há mais de 30 dias sem receber salário e dormindo no chão. "O empreiteiro buscou os trabalhadores da região do Nordeste, que vieram para cá sonhando com um lugar bom para trabalhar. As empresas foram chamadas para combinar a forma de pagamento. Eu acho justo levar essas pessoas para se acomodarem em um hotel, até tudo se resolver". Ele afirmou também que os trabalhadores vieram trabalhar em Suzano por acreditarem ser uma boa oportunidade de mudar de vida. O auditor fiscal do Ministério do Trabalho, José Luiz Lázaro, afirmou que o local não tinha higiene, limpeza e colchões. "O empreiteiro buscou as beliches fazendo com que eles dormissem em colchões antigos. O salário prometido não foi pago, transporte para vir para Suzano também não. Vamos apertar a construtora para deliberar o problema". O trabalhador Cláudio Castelo Branco ressaltou que em um cômodo dormiam seis funcionários e que a geladeira só tinha um galão com água. "A comida que vinha para nós era arroz, feijão e um ovo frito com casca. Nem cachorro come esta comida. Tinha muito rato na varanda e um banheiro para 12 pessoas. Fazíamos obras no Centro de São Paulo". Os outros funcionários não quiseram comentar sobre a situação deles.