Economia

Chineses dizem que momento é o mais propício para investir no Brasil

19 SET 2015 • POR • 21h47

A presidente do Grupo de Líderes Empresariais (Lide China) e do Centro de Intercâmbio Econômico e Comercial Brasil-China, Mônica Fang, afirmou que, desde que chegou ao Brasil, há 28 anos, este é o momento mais propício para investir no País. "A economia não está em alta, isso traz uma oportunidade de negócios", disse . "O Brasil é um país muito jovem e tem um espaço de desenvolvimento de mercado muito grande", acrescentou. Segundo Mônica, o governo brasileiro tem apresentado vários projetos para atrair investimentos chineses. "O governo está descobrindo as potências do mercado e, ao mesmo tempo, convidando empresas chinesas para investir no Brasil, para o mercado ser mais ativo." Por sua vez, o presidente da filial do Bank of China no Brasil, Zhang Guang Hua, reconheceu que tanto a China quanto o Brasil passam por dificuldades econômicas, mas que isso não deverá atrapalhar o investimento de empresas chinesas no Brasil. "A cooperação econômica entre os dois países está cada vez mais profunda", disse, em evento realizado em São Paulo pelo Lide China e o Clube de Empresários Chineses (BCEC). Zhang lembrou que, no ano passado, as relações comerciais entre Brasil e China atingiram US$ 36 bilhões. "Comparando com o início do século, esse número é 23 vezes maior. Para o futuro, o potencial é muito maior", afirmou. "No longo prazo, estou bastante confiança nas relações da China com o Brasil." Na avaliação de Zhang, a crise brasileira deverá durar cerca de dois anos, mas, ao analisar a conjuntura do País, diz que é preciso levar em consideração que a dívida pública segue em uma faixa segura e as reservas em moeda estrangeira estão em níveis "relativamente altos". "O Brasil tem um bom poder de pagamento e um sistema financeiro que funciona de maneira estável. Não há motivos para ser tão pessimista com o Brasil", disse. Presente ao evento, o secretário adjunto de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Carlos Lampert, afirmou que a desaceleração da economia da China não preocupa o governo no que se refere à atração de investimentos chineses para o Brasil. "Quando se fala em desaceleração da China, você está falando de um patamar muito alto que está passando para um patamar ainda alto."