Editorial

Mais impostos?

24 SET 2015 • POR • 08h00

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse ontem que a manutenção – pelo Congresso Nacional - dos vetos da presidente Dilma Rousseff (PT) a projetos que aumentavam gastos do governo evitaram a introdução de novos impostos no bolso do contribuinte. Segundo ele, a Câmara vetou porque era necessário evitar novos impostos. A frase foi dita durante palestra no Fórum de Segurança Jurídica e Infraestrutura, na sede do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Brasília. O certo é que a situação difícil do País, com a escalada do dólar, a desaceleração na geração de empregos, e a situação crítica de prefeituras em todo o País traz à tona uma grande preocupação. A população pode ter de ver novamente a volta do “dragão” da inflação, que tanto apareceu nos anos 80 e foi “estancado” com a criação do Plano Real. É preciso reconhecer que, neste momento, o governo federal vem tentando adotar medidas para evitar uma crise financeira sem precedentes. O que se quer atualmente é tentar, ao menos, garantir os investimentos por parte das indústrias, além de manter os empregos dos trabalhadores com seus salários. Evitar novos impostos para o País e, sobretudo, para a população pagar tem sido uma grande preocupação de todos. Nesse momento, no entanto, o ajuste proposto pelo governo, que inclui a proposta de aprovação da nova Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) para custear a Previdência Social tem recebido muitas críticas. É preciso que o Brasil tenha uma estratégia para quitar despesas. Mas é necessário, sobretudo, defender o crescimento e manutenção do emprego. Por isso, é preciso fazer de tudo para que o Brasil cresça. Mas, para isso, é relevante que o governo tenha uma boa estratégia com segurança jurídica. Nesse momento, o equacionamento tanto das despesas, quanto eventual forma institucional de garantir os recursos são elementos indispensáveis para o crescimento econômico. A situação pelo qual o País passa realmente preocupa. E, por isso, é preciso colocar em prática medidas eficazes que venham de encontro ao anseio da população brasileira. Geralmente, é ela quem mais sofre com os ajustes e mudanças na economia.