Prefeitos da região apóiam fim da reeleição e mandato de cinco anos
A maioria dos prefeitos do Alto Tietê é a favor do fim da reeleição e do mandato de cinco anos para todos os cargos eletivos. Conforme publicado ontem pelo DS, na terça-feira, foi apresentada, em Brasília, por deputados federais da Comissão Especial da Reforma Política uma proposta que modifica a situação dos prefeitos da região, eleitos em 2012, e que tenham interesse de tentar a reeleição em 2016. Com a proposta do fim da reeleição para os cargos executivos e a coincidência de mandatos a partir de 2018, também proposta pela Comissão, os prefeitos poderão disputar a reeleição em 2016, para ficar apenas dois anos no mandato. O prefeito de Suzano, Paulo Tokuzumi (PSDB), aponta os defeitos do atual sistema eleitoral. "Acho que ter eleição a cada dois anos é algo oneroso e uma situação desconfortável e desgastante para o País. Concordo que exista coincidência de mandatos, o fim da reeleição, e a extensão dos mandatos de quatro para cinco anos", revela. Para o chefe do Executivo de Ferraz de Vasconcelos, Acir Filló (PSDB), o fim da reeleição é algo extraordinária. Ele explica que com a existência da reeleição, a maioria dos prefeitos destrói os cofres públicos e acaba sendo obrigado a firmar acordos absurdos para permanecer no poder, além de se tornar refém da reeleição. "Tenho opiniões muito radicais sobre o assunto, mas a proposta apresentada no Congresso Nacional contempla quase a totalidade das minhas convicções. Entretanto, tem que ser revisto o sistema de pesquisas eleitorais no Brasil". Filló destaca que hoje, com as atuais dificuldades do País, - crise financeira e moral da classe política -, se tornou difícil concorrer às eleições e completa que a intercalação entre os diferentes pleitos faz aumentar a corrupção. "Com o fim da reeleição, o processo eleitoral vai melhorar, porém, ainda faltam alguns requisitos para que o processo seja mais ético, profissional e correto", atenta. O prefeito ferrazense analisa os benefícios do mandato de cinco anos e acrescenta que a medida fará com que os prefeitos fiquem mais focados no trabalho e no desenvolvimento da cidade. O prefeito de Mogi das Cruzes, Marcos Bertaiolli (PSD), também foi procurado para opinar sobre o assunto, mas estava fora da cidade, em reuniões externas, e não pode se posicionar. VEREADORES Os vereadores do Alto Tietê também aprovam a reforma política, o fim da reeleição e o mandato de cinco anos. De acordo com o presidente da Câmara de Suzano, Denis Claudio da Silva (DEM), que é a favor do fim da reeleição, uma vez que o governante assume o cargo com a consciência do período que terá para desenvolver o mandato ele conseguirá cumprir com o objetivo proposto em campanha. "Neste momento o Congresso precisa analisar melhor a proposta, para evitar gastos aos cofres públicos", afirma. O presidente também declara que acha um absurdo o valor gasto em campanhas eleitorais e assegura que o melhor caminho para a reforma política é implantar o fim da reeleição ainda neste mandato. "Os eleitos em 2013 ficariam até 2018 e a partir disso seriam realizadas às eleições gerais para todos os cargos do Legislativo (vereador, deputado e senador) e do Executivo (prefeito, governador e presidente)", frisa. Roberto Antunes de Souza (PMDB), chefe do Legislativo de Ferraz de Vasconcelos, também é favorável ao fim da reeleição em todos os níveis. Para ele, sem a possibilidade de poder disputar novamente o cargo eletivo, o agente público fará uma administração voltada aos interesses do povo ".