Editorial

Enfrentamento

2 OUT 2015 • POR • 08h00

As políticas públicas desenvolvidas nos últimos anos com a participação da sociedade civil, resultaram na saída de 36 milhões de brasileiros da extrema pobreza. Mas, o País ainda está longe de resolver a questão. O Brasil elevou o grau de urbanização e, por isso, parte desta população pobre vive nos grandes centros e as favelas estão presentes em todas as metrópoles brasileiras. Especialistas afirmam que o Brasil, em função de seu histórico de colonização, desenvolvimento tardio e dependência econômica, além dos problemas internos antigos e recentes, possui uma grande quantidade de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza. Assim, por representar um País subdesenvolvido emergente, a pobreza no Brasil apresenta elevados patamares. Segundo um dado oficial do Ministério de Desenvolvimento de Combate à Fome, datado de 2011, existiam no Brasil até esse ano cerca de 16,27 milhões de pessoas em condição de “extrema pobreza”, ou seja, com uma renda familiar mensal abaixo dos R$70 por pessoa. Vale lembrar que ultrapassar esse valor não significa abandonar a pobreza por completo, mas somente a pobreza extrema. Ontem, o DS trouxe reportagem mostrando que Suzano está preocupado com a situação. Por isso, a Prefeitura de Suzano vai executar um Plano de Ação de Enfrentamento da Pobreza, desenvolvido por meio de uma parceria com o governo estadual. Com este plano será possível receber novos programas da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social. Dentre os principais projetos está a descentralização do serviço de cadastramento das famílias para serem contempladas com serviços de transferência de renda, além do projeto “Família Paulista”, que será lançado em breve pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). Sem dúvida, este é um importante passo para se discutir a questão que tanto preocupa autoridades. Pessoas em situação de pobreza extrema são aquelas que apresentam uma renda média de R$ 2,36 por dia. Segundo dados apresentados pelo Relatório dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio 2013, o mundo alcançou a meta de reduzir a pobreza extrema à metade do nível registrado em 1990 cinco anos antes do estipulado. Os desafios para erradicação da pobreza são imensas. É preciso manter com os projetos sociais para garantir o fim dos problemas.