Suzano tem 13 pessoas com mais de 100 anos, aponta Censo 2010
No Alto Tietê, 125.799 habitantes com mais de 60 anos. Os dados são do Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento aponta as faixas etárias dos 60 até os 99 anos. Deste total, 13 pessoas tem mais de 100 anos. Segundo as pesquisas do Censo 2010, na região, Mogi das Cruzes é a cidade que possui o maior número de habitantes idosos. Há quase cinco anos, a cidade contabilizava 39.795 pessoas com idades acima dos 60 anos. Suzano segue na segunda posição do ranking, com 22.836 pessoas com até 90 anos. Itaquaquecetuba fica logo atrás com 19.784 habitantes dentro da faixa etária da melhor idade e Ferraz de Vasconcelos ocupa a última posição com o maior número de população idosa, 11.780. Entre os municípios com o menor número de habitantes da terceira idade está Salesópolis, Guararema e Biritiba Mirim com 1.953, 2.991 e 3.272, respectivamente. Em comum os municípios possuem a particularidade de possuir mais mulheres idosas que homens. Para se ter uma ideia, em Arujá, enquanto a faixa etária entre 65 a 69 anos somam 425 homens, a mesma faixa etária possui 560 mulheres. Em Ferraz, por exemplo, a faixa etária de 60 a 64 anos possui 2.434 mulheres contra 2.102 homens. Em Guararema, o numero de mulheres com idades entre os 85 e 89 anos é o dobro dos homens, tendo 83 mulheres no grupo e 41 homens. O número de mulheres registradas na faixa etária entre os 95 a 99 anos também é maior. Suzano registrou em 2010, 39 mulheres no grupo contra 17 homens. Mogi 88 contra 43 e Poá com 25 mulheres com até 99 anos, enquanto apenas quatro homens foram registrados no grupo. De acordo com o sociólogo Afonso Pola, o cenário nacional tem se modificado com a visível redução da natalidade e importantes avanços na medicina, o que ajuda no aumento da expectativa de vida. "O Brasil está envelhecendo. Em comparação com décadas passadas vemos que a população idosa é bem maior. Alguns estudos do IBGE indicam que a estabilização populacional brasileira sem crescimento vai atingir o País em 2040. A partir desse decréscimo teremos uma fase com mais mortes e menos nascimentos", explica. Entre os desafios a serem enfrentados pela União, estados e municípios, o sociólogo aponta a readequação dos espaços urbanos para o convívio dos idosos, melhorias no setor da saúde e espaços voltados a prática de atividades físicas. "Para que tenhamos o envelhecimento saudável", pontua. Além disso, Pola cita a previdência social. Setor que deve atender cada vez mais pessoas. "Teremos mais pessoas dependendo dos benefícios sociais, então precisamos de políticas que visam à melhor qualidade de vida. Mas já percebemos melhorias em relação há outras décadas", frisa. Isso porque hoje, mais parlamentares visam ações para a terceira idade, os debates são mais frequentes e as cobranças da população mais ativas.