Cidades

Inadimplência no comércio de Suzano cresce 9,8% em setembro

11 OUT 2015 • POR • 08h00

O número de pessoas que tiveram o nome inserido na lista da inadimplência do comércio suzanense, em setembro, cresceu 9,8% em relação ao mesmo mês de 2014. Neste ano, mais de 4 mil contribuintes tiveram os nomes inseridos no Serviço de Proteção ao Crédito (SCPC). Em setembro do ano passado, cerca de 3,6 mil clientes ficaram com o nome "sujo na praça". Os dados foram divulgados nesta semana pela Associação Comercial e Empresarial (ACE) de Suzano. De acordo com o balanço, e na contramão da crise economia por qual o País atravessa, no ano, o índice de pessoas inclusas na lista do SCPC caiu e o de clientes excluídos subiu. Para se ter uma ideia, de janeiro a setembro, as inclusões no SCPC tiveram queda de 2,54%, enquanto o número de exclusões subiu quase 8% (veja mais detalhes na tabela). O levantamento da ACE aponta ainda a inclusão de 41.901 suzanenses na inadimplência em 2014. Neste ano, foram incluídas 40.836 pessoas. O que chama a atenção, é que mesmo no período de crise, a população tem pagado mais as contas. No mesmo período do ano passado, 38.083 conseguiram "limpar" o nome. Em 2015, 41.125 "limparam" o nome no SCPC. Segundo o economista, Luiz Edmundo de Oliveira Moraes, o setor ainda aguarda o crescimento da economia, uma vez que com a alta da inflação o cenário não fica "agradável" para a população. "Os investimentos presentes mostram o crescimento futuro e neste momento os investimentos são negativos. Além disso, a crise política também influência o setor", adianta. A tendência é um aumento no número de inadimplentes. No entanto, Moraes frisa que a questão está mais relacionada aos hábitos sociais e morais. "Quando a economia entra em recesso não significa aumento da inadimplência, pois deixar de pagar as contas está mais ligado a educação financeira e quando vemos as pessoas evitando os juros altos ou endividamento temos sinal de educação financeira", completa. O economista reforça que o final do ano, período do 13º salário, é propício para quitar dívidas. Para quem não possui contas, ele indica aplicar o recurso na poupança. Entre as vantagens de fazer um "pé de meia" durante a crise está usar a verba em eventualidades, como problemas de saúde, e, oportunidades de negócios. "As pessoas também podem tentar a renegociação das dívidas pedindo um parcelamento maior ou diminuição dos juros". Vale reforçar que é importante que os clientes consigam "limpar" os respectivos nomes para fomentar a economia municipal. Ou seja, quanto mais se compra, mais oportunidades se abrem para novos empregos. Os dados são importantes também para delinear o planejamento do comércio suzanense. Uma vez que a redução da inadimplência pode significar o início de novas formas de consumo.