Comércio em risco
Dois assaltos a lojas de eletroeletrônicos registrados em Suzano, na semana passada, abriu um sinal de alerta. O temor de comerciantes sobre a segurança nas lojas aumentou à medida em que os casos de violência e invasão contra eles ocorreram na mesma semana. O problema não é somente em Suzano. Em todo o Estado, lojas temem a escalada de crimes contra comerciantes. Mas, medidas estão sendo tomadas. Em São Paulo, por exemplo, após aumento de 18,7% no número de roubos no ano passado, comerciantes do Sacomã, na Zona Sul de São Paulo, reforçaram a segurança das lojas para evitar novos assaltos com a instalação de grades e cercas de arame farpado nos muros. Só para se ter uma ideia, neste ano, eles já contabilizaram 20 ataques a estabelecimentos e reclamam da falta de policiamento no bairro. Os lojistas chegaram a fazer um revezamento para vigiar o local durante a noite. Cada dia, um deles ficava acordado e avisava os outros se percebesse algo errado, além de acionar a polícia. O esquema de rodízio acabou porque os comerciantes ficaram com medo de permanecer no comércio no período noturno. A loja de roupas do comerciante Pedro Rodrigues de Souza já foi assaltada cinco vezes. Os ladrões entraram pelo telhado para roubar os produtos. No último ataque, o prejuízo foi de R$ 3 mil. Em 2014, a Comissão de Segurança e Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados aprovou proposta que regulamentou o uso dos sistemas de monitoramento e vigilância por meio de câmeras. Uma forma de aumentar a segurança no comércio. A principal novidade é que os estabelecimentos com grande fluxo de pessoas monitorados por circuito fechado de câmeras são obrigados a manter os arquivos de imagens diárias armazenados por, no mínimo, 30 dias. Essa medida passa a ser obrigatória, por exemplo, para bancos, shoppings, hospitais, clínicas médicas, rodoviárias, aeroportos, escolas, casas de espetáculo em geral, academias de ginástica, vias públicas e até condomínios residenciais fechados ou abertos. As medidas para reforçar a segurança devem ser tomadas porque à medida em que ocorre aumento de roubos às lojas, o prejuízo é incalculável para comerciantes e, por tabela, aos consumidores dos produtos das lojas.