Novela 'Meu Bem, Meu Mal' reestreia na tela do Viva no ano que vem
O Viva se prepara para reprisar mais um dos grandes clássicos da teledramaturgia nacional. A partir de março, a emissora apresentará, no horário hoje ocupado por “Cambalacho”, a novela “Meu Bem, Meu Mal”. Assinada por Cassiano Gabus Mendes, a trama foi escrita às pressas pelo autor. Isso porque, na época, a Globo enfrentava uma dura concorrência em função do avanço da Manchete, que ganhava audiência crescente com o sucesso de “Pantanal”. E, curiosamente, depois de experimentar Silvio de Abreu, autor conceituado na época com suas comédias das 19 horas, como “Rainha da Sucata”, a emissora convocou Cassiano para, assim como Silvio, sair da zona de conforto do humor da faixa conhecida como a “das sete” e, mais uma vez, se aventurar às 20h - ele já tinha experimentado o horário com “Champagne”, em 1983. “Ele era ligeiro, tinha uma maneira muito própria de escrever novelas. Cassiano é uma das grandes escolas da teledramaturgia e era natural que, num momento de concorrência forte, recorressem a ele”, avalia Ricardo Waddington, que participava da equipe de direção da novela. A preocupação da emissora tinha fundamento. A Manchete avançava cada vez mais com os números de “Pantanal”, que conseguia ultrapassar frequentemente a média de 50 pontos de audiência, um fenômeno na década de 1990 fora da Globo. Mas “Meu Bem, Meu Mal” acabou se tornando um grande êxito, marcando 59 pontos de média na estreia e se encerrando com bons 55 pontos no geral. “Eu não estava focada em questões de números. Era uma atriz em início de carreira e queria fazer bem meu trabalho, mas até hoje me param para falar sobre essa história. Para mim, isso funciona como um bom termômetro para mostrar que se trata de um grande sucesso", avalia Lisandra Souto, que interpretava a ricaça Victória Venturini na trama. A história girava em torno da família Venturini. Dom Lázaro (Lima Duarte) era sócio majoritário da Venturini Designers, uma fábrica de joias, e era obrigado a conviver com o bastardo Ricardo (José Mayer), filho de sua esposa com um amante e, por isso, dono de 30% das ações da empresa. O rapaz ainda era amante da amarga Isadora (Sílvia Pfeifer), viúva do único filho do patriarca. Ela, por sua vez, era contra o namoro do filho Marco Antônio (Fábio Assunção), com Fernanda (Lídia Brondi), que era pobre. Por isso, foi vítima de um golpe armado pela mãe da jovem, Berenice (Nívea Maria). “Ela convencia o Doca (Cássio Gabus Mendes) a se fingir de rico e dar um golpe na minha personagem”, lembra Lisandra.