400 professores estaduais em greve vão às ruas protestar
Cerca de 400 professores do Estado em greve foram às ruas, na tarde de ontem, para pedir melhorias na rede de ensino. Após a manifestação, os manifestantes, em decisão unânime, decidiram continuar a grave até uma próxima assembleia. Eles saíram da Praça dos Expedicionários, desceram a Rua General Francisco Glicério, seguiram sentido Rua Monsenhor Nuno, subiram a Rua Benjamin Constant até a Avenida Mogi das Cruzes na altura da Diretoria de Ensino. A diretora da subsede do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Ana Lúcia Ferreira, disse que, o momento serve para validar a luta dos professores e que as exigências da categoria vão além do reajuste salarial. “Estamos falando de reduzir o número de alunos nas salas de aula. Além disso, queremos lutar pela contratação de professores de certas categorias que sofrem com o descaso do governo”. Além dos professores haviam alunos e filhos de grevistas no local. “Essa luta não é pelo professor, mas pela educação. Por isso temos que sair todos da sala e irmos para as ruas”, disse o professor de cursinho popular, Fábio Torres. A professora Simone Rego estava com os filhos na manifestação. Além disso, carregava uma panela. “Serve para ironizar esses movimentos que agem como se o Estado não tivesse culpa de nada. A má educação é causada por um Estado que fecha os olhos para os problemas que enfrentamos”. O vereador Vanderli Ferreira Dourado (PT), o Derli do PT, esteve representando os legisladores que apoiam a grave. “O partido de Suzano está ao lado da causa dos professores. Por 20 anos estamos nas mãos de um governo omisso na educação, que chama a luta do professor de piada”. Segundo o sindicato da categoria ao todo, 600 professores aderiram à greve na cidade. A professora de história, Elizabeth Gonzaga destacou que este é o caminho para mostrar a população o que há de errado na sociedade. “Cansa fazer greve, mas como vão alertar o povo sem isso? Ir às ruas e reivindicar por menos alunos nas salas, por mais professores, é uma obrigação nossa”.