CPTM prorroga em 12 meses contrato com empresa responsável por obras
A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) prorrogou por mais 12 meses o contrato com a empresa Mendes Junior Trading e Engenharia S/A, responsável pelas obras de reconstrução da Estação Suzano. A ligação entre as duas empresas é válida até março do próximo ano. Com isso, as obras podem atrasar e serem concluídas até este prazo. Anteriormente, a companhia afirmava que os serviços seriam finalizados até o final deste ano. Além da prorrogação do prazo, o valor das obras da estação já aumentou em R$ 50 milhões desde a contratação da empresa, no final de 2010, até hoje. Inicialmente eram previstos R$ 36,9 milhões. Atualmente passou para R$ 86,9 milhões. A assessoria de imprensa foi procurada por dois dias para explicar as prorrogações do contrato e se, por conta disso, as obras seriam concluídas somente em 2016, porém não houve retorno com relação aos prazos. A publicação feita pela empresa no Diário Oficial do Estado (DOE) explica que haverá "alteração do cronograma físico-financeiro e a readequação da planilha de quantidade e preços". Além do prazo prorrogado, a CPTM afirmou que o período de assistência após a conclusão das obras - de 12 meses - será mantido. Segundo publicações feitas no Diário Oficial, o contrato para as obras da estação foi assinado em 29 de outubro de 2010, com duração de 15 meses. Com isso, a previsão inicial era de que a entrega do novo equipamento fosse feito no final de 2011. Este foi o primeiro prazo dado pela companhia. A data de entrega foi alterada diversas vezes, inclusive, pelo próprio governador Geraldo Alckmin (PSDB), que vistoriou o local durante as últimas eleições. Uma das principais questões para o atraso das obras foram problemas com as desapropriações de 53 imóveis, sendo 44 comércios, seis residências e três desocupados. NOVA ESTAÇÃO A nova Estação Suzano terá 10,3 mil metros quadrados de área construída. O empreendimento será feito em um terreno de 15,1 mil metros quadrados. Atualmente, 65 trabalhadores atuam diretamente na obra. A estação será ampliada para receber um grande número de passageiros, podendo chegar a até 560 mil usuários por dia. O aumento de demanda acontecerá porque a baldeação da Linha 11-Coral será feita na cidade suzanense, além de, no futuro, a Linha 12-Safira poder ser expandida até Suzano. PASSARELA Outro problema enfrentado pela CPTM nas obras da estação foi a rescisão do contrato com a Construtora Ferraz, responsável pela demolição da passarela. Após dois anos interditada, o serviço ainda não foi feito. O local foi interditado em abril de 2013, após a retirada e remoção dos ambulantes para o Parque Maria Helena. Inicialmente, a previsão era que a demolição fosse feita antes do início das obras da nova estação, mas problemas na licitação adiaram o serviço. Na ocasião, a CPTM alegou que a passarela não afetaria a construção.