Estado alega crise da água e autoriza obra entre Billings e Taiaçupeba
O Estado autorizou, de forma emergencial, as obras entre o Rio Grande, do reservatório da Billings, até a Represa de Taiaçupeba, em Suzano. O decreto foi publicado no sábado no Diário Oficial do Estado (DOE). Entre as alegações, o governo diz que as obras são necessárias por conta da situação crítica de armazenamento do Sistema Produtor Alto Tietê (Spat) e da escassez de chuva. A água captada da Billings será utilizada para abastecimento público e não poderá prejudicar outros sistemas. A estimativa é sejam repassados para o sistema da região quatro metros cúbicos por segundo. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) pensou em descartar o projeto por conta do alto custo, já que a obra está estimada em R$ 130 milhões. Recentemente, a Sabesp já tem um novo projeto que deve custar R$ 20 milhões e vai trazer quatro mil litros de água por segundo, o dobro do anunciado para a obra anterior e quatro vezes mais do que o previsto no caso do Rio Guaió. Segundo a publicação, para que as obras sejam realizadas, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) precisa apresentar algumas documentações, entre elas, licença de instalação expedida pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e projeto do traçado da adutora.
REPRESAS O Spat é o segundo sistema com situação mais crítica do Estado. As cinco represas possuem, atualmente, 22% de água acumulada. O Sistema Cantareira tem 19,9%. A situação é bem diferente da do mesmo dia do ano passado, 13 de abril de 2014, quando o Sistema Alto Tietê tinha 35,7% do volume de água acumulado. Os dados são disponibilizados no site da Sabesp e atualizados diariamente.