Cidades

431 melhoram renda em Suzano e deixam de receber Bolsa Família

24 ABR 2015 • POR • 08h00

Um total de 431 famílias de Suzano deixarão de receber o benefício do Bolsa Família por não se encaixarem nos requisitos do programa. Elas melhoraram suas condições financeiras e passaram a apresentar renda mensal superior a R$ 154, por pessoa. Além disso, 410 famílias saíram do quadro de extrema pobreza e passarão a receber um valor menor do benefício. Os dados foram obtidos por meio da revisão cadastral. Em Suzano, 1,6 mil famílias beneficiárias deveriam participar do processo de atualização de dados. O professor e sociólogo Afonso Pola, da Universidade Braz Cubas (UBC), enfatiza que os números apontam que o programa tem atingido seu objetivo. "Esses dados mostram claramente que o projeto tem uma concepção correta e que não se trata somente de um programa assistencialista. O Bolsa Família não incentiva a malandragem, como muitos dizem, mas provê condições dignas para uma parcela da população que vive em condições de pobreza segregada. Uma vez que essas famílias conseguem sair dessa condições, podemos dizer que o programa acertou em seu propósito inicial", relatou. Para receber o Bolsa Família, a renda familiar não pode superar o valor mensal de R$ 154. O valor médio do benefício é de R$ 170. A faixa de extrema pobreza é caracterizada por famílias que possuem renda mensal de até R$ 77, por pessoa. No total, 12.657 famílias são beneficiadas pelo programa, em Suzano. "O Bolsa Família acaba movimentando a economia das cidades. Pois, quando pegamos famílias muito pobres e damos a elas certo subsídio, elas passam a gastar e a consumir mais. Com isso, começa a circular no município uma quantia que não circularia antes. Isso consequentemente, causa geração de empregos, pois os comércios precisam suprir uma demanda que não existiria se essas famílias não tivessem esse valor extra para gastar", concluiu Pola. Em Suzano, 369 famílias não realizaram a atualização cadastral e terão o benefício cancelado a partir deste mês. O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome ressaltou que, muitos desses, também já melhoraram sua renda e não se encaixam mais nos limites do programa e por isso não realizaram o recadastramento. Explicou ainda que caso voltem a precisar do complemento financeiro, elas têm 180 dias a partir da data do cancelamento para pedir a reversão às prefeituras.