Caderno D

História da ‘Estamparia Romanato’ ganha exposição

30 ABR 2015 • POR • 08h00

A história da Tinturaria e Estamparia Suzano, mais conhecida como Estamparia Romanato, é contada por meio de um vídeo e 50 peças da indústria têxtil em uma mostra no Centro Cultural Francisco Carlos Moriconi, no Centro. A visitação é gratuita e segue até 24 de junho. A iniciativa inaugura também o Museu e Arte Memória de Suzano. Aberta a população desde sexta-feira, a exposição já foi vista por mais de 150 pessoas. Segundo a curadora Francisca Xavier, a mostra apresenta um dos capítulos iniciais da história da indústria municipal. Na exposição, o público pode observar fotografias originais, mostra de tecidos, documentos, registros, ficha de funcionários, calendários, objetos de escritório, peças auxiliares da linha de produção. Durante os 57 anos de atividade, a Estamparia chegou a empregar 350 trabalhadores e exportar seda para grandes grifes como Christian Dior, Valentino, Pierre Cardin, Giorgio Armani, Yves Saint Lourent. "A Estamparia foi uma das mais importantes do País, mas ao chegar o mercado chinês, ela e outras indústrias têxteis encerraram as atividades", frisa. Entre as peças expostas está um lenço de 50 anos da Convenção de Genebra. O artigo era entregue aos membros da Cruz Vermelha. "Museu é um lugar de resgatar memória e valores e é isso que a mostra propõe", conclui Francisca. Pedro Neves e Policarpo Ribeiro, o Poli, também fazem a curadoria da mostra. Amigo da família Romanato, Antonio Wuo, conta que trabalhou para um amigo pessoal de Luiz. Ele revela que na década de 70 desenhou estampas para a tinturaria. "Foi uma emoção ver as peças. Voltei no tempo. Tive uma grande conexão emocional", frisa. O Centro Cultural fica na Rua Benjamin Constant, 682 e funciona de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas.