Cidades

Pouco repasse de Ministério faz Suzano usar verbas próprias contra dengue

30 ABR 2015 • POR • 08h00

Até o momento, o Alto Tietê recebeu R$ 578.825,47 do Ministério da Saúde para aplicar em ações de combate à dengue. Suzano foi beneficiada com R$ 104,9 mil. Ontem, a Prefeitura reconheceu que o valor do repasse é pequeno e aponta que até agora já investiu R$ 200 mil em equipamentos e infraestrutura para realização de ações de combate. Parte da verba aplicada nas medidas é proveniente do cofre municipal. Conforme publicado ontem pelo DS, o recurso repassado pelo Ministério da Saúde é para uso exclusivo em ações contra a doença. O montante faz parte do Piso Variável de Vigilância em Saúde (PVVS). O valor representa 0,38% do total liberado para o País, cerca de R$ 150 milhões. De acordo com a Secretaria de Saúde, o repasse é um pequeno estímulo para intensificar as ações. "O ideal seria um recurso maior, pois esse valor não custeia todas elas. Mas, de qualquer maneira, ajuda", acrescenta. Para custear todas as medidas preventivas, a Prefeitura utiliza recursos próprios. Contudo, até o momento não precisou realizar remanejamento entre as secretarias municipais. "Como a cidade não vive uma situação epidêmica, ainda não foi preciso buscar recursos no Estado. Neste ano, realizamos uma articulação maior. As ações envolvem várias secretarias, o Tiro de Guerra, aquisição de novos e modernos equipamentos, atualização dos profissionais, capacitação para médicos e enfermeiros", explica. Até o momento, a cidade registrou 74 casos. Em decorrência dos índices, o município intensificou as ações preventivas. Exemplo disso são os atiradores de guerra e os agentes da vigilância em Saúde que fazem vistorias nas residências em busca de criadouros do Aedes aegypti. Durante as ações, as equipes orientam a população para evitar a proliferação do mosquito. Além disso, a cidade adquiriu dois nebulizadores veicular (acoplados em pick-up) e quatro costais (tipo mochila), que oferece acesso em locais mais restritos, onde os veículos não têm alcance.

REGIÃO Segundo a Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos, diante da situação em que se encontra o município, o valor é considerado baixo. "A administração investe o orçamento municipal para despesas excedentes. Neste ano, todas as ações desenvolvidas pela Secretaria de Saúde foram intensificadas, além de ampliar o combate à dengue, via fumacê", explica. Segundo o coordenador do setor, Paulo Gomes da Cruz, a fumaça tem base em um tipo de inseticida com durabilidade de 30 minutos que tem o poder de eliminar o aedes aegypti. Poá disse que recebe a verba regularmente para ações de combate e frisa que a cidade não passa por epidemia, porém, ações preventivas são feitas pela Prefeitura e ainda nesta semana uma nova força-tarefa de combate e prevenção ao mosquito será colocada em prática (leia mais na 1ª página do 2º caderno). As demais cidades da região também foram procuradas para comentar sobre o assunto, mas até o fechamento desta reportagem não se pronunciaram.