Nacional

Ato de professores no PR termina com 200 feridos

30 ABR 2015 • POR • 08h00

Um confronto entre a Polícia Militar (PM) e professores em Curitiba na tarde de ontem deixou cerca de 200 pessoas (a maioria professores) feridas, segundo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Algumas delas estão em estado grave. Os ativistas estavam nas proximidades da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para acompanhar a votação do projeto que autoriza o governo estadual a mexer no fundo de previdência dos servidores do Estado. A Tropa de Choque fazia um cerco ao prédio da Alep, quando o conflito começou e os manifestantes foram agredidos. Um dos líderes sindicais ligado aos professores disse que o projeto seria votado, independentemente dos protestos contrários e, então, a PM teria avançado em direção aos manifestantes. Tiros de bala de borracha e bombas de gás lacrimogêneo foram lançados. Lideranças que estavam sobre um caminhão, no Centro Cívico, passaram a pedir ambulâncias para cuidar das pessoas feridas. A PM informou que 17 policiais foram presos por se recusarem a participar do cerco aos professores. A Alep alegava ter recebido uma liminar da Justiça que garantia o veto à entrada de pessoas para acompanhar a votação. Os feridos foram levados para o subsolo do prédio da Prefeitura de Curitiba, que foi transformado em uma espécie de "ambulatório". Entre os feridos estão também o cinegrafista Rafael Passos da CATVE, que foi atingido por uma bala de borracha, e um cinegrafista da Band, atacado por um cão pit bull dos policiais. O comando da polícia informou que 20 soldados se feriram e dez pessoas foram detidas, sendo sete líderes sindicais ligados aos professores. Após a confusão, o governador Beto Richa (PSDB) acusou “black blocs” de terem iniciado o confronto.