Sindicância é aberta para apurar suposto assédio à aluna de natação
O prefeito Rodrigo Ashiuchi (PR) determinou ontem a abertura de uma sindicância para averiguar as circunstâncias de um caso de suposto assédio sexual envolvendo uma aluna de natação, de 14 anos, da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer. O ato teria sido cometido por um ex-técnico da modalidade, de 27 anos, que deixou de prestar serviços no Complexo Poliesportivo Paulo Portela, o Portelão, no dia 31 de dezembro do ano passado. A apuração, inclusive, vai recair na responsabilidade de quem permitia o livre acesso do professor nas dependências do equipamento público, mesmo sem contrato vigente com a municipalidade. O caso também está sendo investigado pela Polícia Civil. De acordo com o secretário de Segurança Cidadã, Fátimo Aparecido Rodrigues, a história veio à tona ontem (segunda-feira), após o Poder Executivo receber a denúncia da mãe da vítima. "Imediatamente, o prefeito Rodrigo Ashiuchi acionou nossa pasta. Demos início às investigações de forma rápida e, hoje, chegamos ao cidadão", contou. Diante dos fatos, na manhã de ontem, uma força-tarefa, organizada pela pasta de Segurança Cidadã e pela Secretaria de Esportes e Lazer, conseguiu localizar o suspeito e conduzi-lo à Delegacia Central de Suzano. No local, o professor de natação prestou depoimento ao delegado Edson Gianuzzi, conforme aponta Rodrigues. "Na visão da Polícia Civil, o caso está sendo tratado como assédio sexual. Ele (suspeito), num primeiro momento, tentou manter uma relação com a garota, que é aluna da modalidade no Complexo Esportivo Paulo Portela, e, depois, teria enviado vídeos com conteúdo pornográfico à vítima", detalhou o delegado. Um termo circunstanciado foi registrado e o suspeito, liberado, após prestar esclarecimentos. De acordo com a apuração da Prefeitura, o técnico prestava serviços à pasta de Esportes e Lazer, por meio de um convênio firmado entre a municipalidade e uma entidade. No entanto, o acordo firmado entre as partes expirou no dia 31 de dezembro de 2016. Mesmo assim, o professor continuou atuando como técnico na piscina do Portelão, de forma voluntária. Em relação a essa situação, o chefe da Controladoria Geral do Município, Murilo Inocencio, solicitou a instauração de uma auditoria para identificar as circunstâncias desse convênio. A pasta ainda vai impetrar junto à Secretaria de Assuntos Jurídicos a abertura de uma sindicância, a fim de que se apure quem, de fato, permitiu/permitia o livre acesso do professor nas aulas de Natação oferecidas pela Secretaria de Esportes e Lazer, entre os meses de janeiro e março de deste ano, mesmo sem contrato. "São duas coisas distintas: vamos levantar como este convênio foi firmado e solicitar ao Jurídico (Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos) a apuração das responsabilidades quanto ao trânsito deste ex-funcionário nas dependências do equipamento público", explica Inocêncio.