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Consórcio do Alto Tietê cobra hospital para vítimas de violência

14 MAI 2017 • POR • 08h01

Por mês, pelo menos 20 mulheres vítimas de violência sexual do Alto Tietê não têm recebido atendimento especializado no Hospital Pérola Byington, na Capital. A unidade que é referência neste tipo de atendimento deixou de receber integralmente as pacientes que não são do município paulista há cerca de três meses. Os casos também envolvem crianças e adolescentes. Para tentar resolver o problema, o Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) busca a inclusão de uma unidade de referência na região. De acordo com o Consórcio, a direção do grupo tem buscado uma solução para o impasse gerado no atendimento às vítimas de violência sexual desde que o Hospital Pérola Byington deixou de fazer o atendimento aos pacientes da região. "Não houve um comunicado oficial sobre isso. A informação do hospital foi apenas de que eles atenderiam somente pacientes de São Paulo. E assim tem sido nos últimos três meses, aproximadamente", afirma a direção do Condemat. O Consórcio destaca que diante de um caso de violência, em que a paciente precisa rapidamente receber o atendimento de profilaxia e administração do antirretroviral, os municípios do Alto Tietê estão sendo obrigados a fazer uma corrida junto a hospitais públicos de diferentes regiões do Estado para conseguir o atendimento dentro do prazo de 72 horas. "Isso tem gerado grandes problemas operacionais e mesmo de custo às cidades, com risco dos pacientes virem a ser prejudicados pela não realização do procedimento, já que não é qualquer hospital que realiza a profilaxia e a administração do antirretroviral", completa. Ainda de acordo com o Condemat, o assunto vem sendo amplamente discutido nas Câmaras Técnicas de Saúde e de Políticas Públicas para a Mulher do Condemat e, diante da falta de um parecer do Estado sobre a problemática, à direção do Consórcio tornou público o problema e também oficializou a urgência na indicação de um hospital de referência para o atendimento das pacientes do Alto Tietê. O pedido oficial foi apresentado ao secretário de Estado da Saúde, David Uip, na última quarta-feira, durante inauguração do Centro Oncológico de Mogi das Cruzes. "Nossa expectativa é de uma solução ainda neste mês, com a indicação de uma unidade, se possível dentro da região, para ser referência nesses casos", afirma.