Três são acusados de 18 mortes na Mogi-Bertioga
A Justiça acolheu a denúncia do Ministério Público (MP) contra a sócia-empresária e funcionários (dois gerentes) da empresa responsável pelo transporte de estudantes. No ano passado, um acidente causou 18 mortes de alunos das Universidade Mogi das Cruzes (UMC) e Universidade Bras Cubas, na Rodovia Mogi-Bertioga (SP-98), em junho do ano passado. O trio será acusado por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. Além dos homicídios, a sócia e os funcionários da transportadora deverão responder por 12 lesões corporais, referente às pessoas que ficaram feridas no acidente. O argumento utilizado pela promotoria foi um laudo em que é apontado falta de manutenção nos freios do veículo. Apesar do documento, a empresária informou que nunca receberam nenhum tipo de reclamação do motorista do ônibus, Antonio Carlos da Silva, também vítima fatal do acidente. Já um dos gerentes informou que dias antes do acidente, supervisionou a manutenção dos freios e que não notou nenhuma falha. O advogado das famílias das vítimas, José Beraldo, comemorou a acolhida da Justiça. “A justiça está sendo feito, a proprietária e os dois funcionários da União do Litoral serão incididos por 18 homicídios e 12 lesões corporais. Além disso, há a indenização que eu estou pedindo de R$ 1,2 mi por família”. Segundo o advogado, os réus deverão apresentar a defesa escrita em um prazo de 10 dias. “O próximo passo cabe aos réus apresentarem a defesa escrita. Após isso o juiz marca a audiência, discussões, debates e julgamentos e temos a sentença”. No próximo dia 9, o acidente completará 1 ano.