Casa pega fogo em área de invasão em Suzano e família perde tudo
Autônomo sofreu queimaduras e teve de ser levado para Santa Casa de Suzano
Uma casa pegou fogo em uma área de invasão na região do Jardim Gardênia Azul. Com o incêndio o vendedor autônomo Tiago Veiga Ferreira, de 20 anos, sofreu queimaduras e teve der ser levado para a Santa Casa de Misericórdia de Suzano, com queimadura grave em uma das mãos. Ele já teve alta. A família perdeu tudo e está vivendo na casa de parentes.
De acordo com Ferreira, o acidente aconteceu quando ele dormia com a esposa, Gabriela Paola Guedes de Almeida, de 18 anos, e o filho Lorenzo, de 4 meses, na cama do casal. Às 3 horas da madrugada de sexta-feira, o aquecedor caiu acidentalmente sobre a cama. “Fui eu que acordei de repente já sentindo o calor do fogo na cama, agi depressa, peguei o Lorenzo e acordei o meu marido”, conta Gabriela. “Corri pra fora pra pedir a ajuda dos vizinhos, enquanto o Tiago tentava apagar o fogo e salvar alguma coisa”, acrescenta.
Mesmo com a ajuda dos vizinhos, não foi possível apagar o fogo ou salvar os pertences. Segundo Ferreira, o desastre aconteceu quando o fogo atingiu o botijão de gás e aumentou a proporção do incêndio. “Tentamos conter as chamas, ou salvar o máximo das nossas coisas, como alimentos e as roupas do nosso filhinho, que tem somente 4 meses de vida. Não conseguimos”, lamenta.
Na tentativa de apagar o fogo e salvar os pertences, o vendedor autônomo queimou gravemente a mão, o que dificulta o seu trabalho. “Eu trabalho vendendo vassouras nas ruas, e percorro Suzano inteiro a pé e outras cidades também. Se tivesse um trabalho fixo, nessa hora creio que teria direito a uma assistência médica de qualidade e não ficaria totalmente desamparado com a minha família. Por mais ferido que eu fiquei ou ficasse, jamais deixaria de ir para a rua lutar pelo pão de cada dia para a minha esposa e o meu filhinho”, afirma.
Com a perda total, a família foi abrigada pelo pai de Gabriela, o caminhoneiro Gabriel Evangelista, no bairro do Boa Vista, também em Suzano. “Somos muito agradecidos pelo carinho e o cuidado com que o meu pai nos acolheu, porque ele é muito presente e protetor, e jamais nos desampararia, mas isso tudo é muito triste. A gente perdeu o pouco que tinha”, desabafa Gabriela.
Ainda segundo ela, a perda total não foi capaz de destruir os seus sonhos. “Eu sei que com fé em Deus e com o apoio que a gente receber, a gente vai dar a volta por cima. Não vamos deixar de lutar, e de sonhar para reconstruir a nossa vida e conquistar uma casa para viver com dignidade com o nosso filhinho”, finaliza.