Editorial

Saneamento básico

23 AGO 2017 • POR • 05h00
Saneamento básico é importante. Trata-se de um conjunto de medidas que visam garantir a preservação ambiental e manutenção de resíduos, por meio de serviços de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, drenagem, limpeza urbana e manejos de resíduos sólidos e de águas pluviais.
Trata-se de serviços que podem ser prestados por empresas públicas ou, em regime de concessão, por empresas privadas, sendo esses serviços considerados essenciais, tendo em vista a necessidade imperiosa destes por parte da população, além da sua importância para a saúde de toda a sociedade e para o meio ambiente.
Mas o atraso relativo do Brasil na área de saneamento tem uma origem histórica distante. Há 50 anos apenas uma em cada três moradias estava ligada à rede geral de coleta de esgoto. Isso significa dizer que apenas 1/3 da população tinha o esgoto afastado de seu local de residência. No que respeita ao tratamento a situação era muito pior: do esgoto coletado, sequer 5% recebia algum tratamento antes do despejo no meio ambiente. Nas últimas décadas a situação melhorou, embora em ritmo ainda lento. Em 2010, o número de domicílios com banheiro ligado à rede geral de coleta ou pluvial alcançou 31,5 milhões, segundo dados do Censo Demográfico (IBGE). A parcela das moradias cobertas com esse sistema passou para 55%, graças ao fato de o ritmo de crescimento das moradias com acesso, de 4,6% ao ano, ter superado a taxa de expansão do número total de domicílios, que foi de 3,5% ao ano de 1950 para cá.
Nesta semana, o DS trouxe reportagem mostrando que as cidades da região vão receber investimento de R$ 1 bilhão em obras e equipamentos nos próximos 30 anos. 
É um recurso importante porque visa garantir investimento em saneamento evitando assim problemas na saúde pública.
Do total de investimento para a região, 80% será para sistemas de coleta e tratamento de esgoto. Parte dos investimentos já está em andamento e outros estão previstos para os próximos sete anos, segundo anunciaram os superintendentes das Unidades de Negócio Leste e Vale do Paraíba da Sabesp, Márcio Gonçalves de Oliveira e Fernando Lourenço.
Atualmente, todos os municípios possuem relação com a Sabesp e muitos estão justamente na fase de renovação de contratos, o que vai possibilitar projetos de ampliação para melhorar o abastecimento de água e, principalmente, para ampliar os serviços de esgoto. 
Dos investimentos anunciados pela Sabesp, mais de R$ 800 milhões são destinados para a coleta e tratamento do esgoto. De acordo com os representantes da estatal, a cobertura de água na região é de praticamente 100%, excetuando algumas áreas irregulares. Na parte de esgoto, por sua vez, a cobertura é próxima de 80%, sendo Itaquaquecetuba um dos municípios menos atendidos: 76% e 15% de tratamento.
É importante que os recursos sejam efetivamente repassados para garantir melhor qualidade de vida para a população.