Região

Cerca de 700 aderem a greve em hospitais da região

27 MAI 2015 • POR • 08h00

 O primeiro dia de paralisação dos profissionais da saúde de quatro hospitais estaduais da região teve a adesão de pouco mais de 700 profissionais, segundo estimativas do Sindicato dos Trabalhadores Públicos na Saúde do Estado de São Paulo (SindSaúde-SP). A categoria pede reposição de 23,52%, reajuste de 7,84%, vale-refeição de R$ 31 por dia e a manutenção do prêmio de incentivo de produção. Ontem à tarde, a diretoria do sindicato, Kátia Aparecida dos Santos, fez um balanço positivo sobre a adesão dos profissionais na greve. Ela ressaltou que os atendimentos de urgência e emergência não foram prejudicados e funcionaram normalmente.

HOSPITAIS Segundo a dirigente, no hospital Regional Doutor Osíris Florindo Coelho, de Ferraz de Vasconcelos, houve adesão de 70% dos profissionais da unidade. Cada plantão é composto por 475 profissionais, sendo que 332 aderiram à paralisação pela manhã. O mesmo índice de adesão teve no Auxiliar de Suzano, que é vinculado ao Hospital das Clínicas. Dos 125 plantonistas, 87 aderiram à paralisação. Em Mogi das Cruzes também houve adesão de 70% dos profissionais nos dois hospitais. Somados, cada plantão conta com 425 profissionais, sendo que 297 deles paralisaram suas atividades. Hoje à tarde, trabalhadores e sindicalistas realizarão uma assembleia em frente à Secretaria de Estado da Saúde, em São Paulo. Uma comissão vai conversar com o secretário de Estado de Saúde David Uip. regionaL de ferraz O DS esteve no hospital regional de Ferraz e conversou com os funcionários, que confirmaram falta de empenho do Estado em melhorar as condições salariais. A auxiliar de enfermagem S.P, que pediu para não ser identificada, contou que trabalha há 17 anos como auxiliar de enfermagem. De lá para cá, houve um aumento tímido para a categoria. "Estou há 17 anos na área e só tive aumento duas vezes. Quanto comecei na profissão meu salário equivalia a três salários. Hoje ganhamos um salário mínimo e meio", desabafou. Ela contou que no ano passado teve um aumento de 100% no vale refeição, passou de R$ 4 para R$ 8. E tem uma jornada de trabalho diária de 12 horas.