Cidades

Cães ajudam na captura de 24 presos e a apreender 5,7 mil pacotes de drogas

31 MAI 2015 • POR • 08h01

Os cães farejadores Calebe e Judá tem sido um apoio preciso para a Polícia Militar (PM) na captura de traficantes e infratores no Alto Tietê. Em um ano, entre maio do ano passado e deste ano, eles ajudaram na captura de 24 pessoas, sendo cinco menores, R$ 1.955 em dinheiro, 5.760 embalagens de drogas, 1,5 kg de cocaína e maconha, além de réplica de uma arma e quatro celulares. Segundo o sargento Hamilton Donizete, do Canil Setorial do 32º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M), em Suzano, nas ocorrências de combate ao tráfico de drogas que tiveram participação dos animais, a efetividade foi de 90%. "O desempenho deles é muito eficaz. Os cães conseguem localizar substâncias soterradas, escondidas em lugares inusitados como dentro de pedaços de madeira, em árvores, camufladas em malas, dentre outros locais invisíveis a olho nu", disse. As equipes do canil atuam em todas as cidades do Alto Tietê e eventualmente em cidades que solicitam sua ajuda. "Já ajudamos em ações nas cidades de Santo André, Barueri, dentre outras que pedem nosso apoio", relatou o sargento. Atualmente, além dos dois cães farejadores, o canil conta também com aproximadamente 11 cachorros que auxiliam em ações de guarda, proteção e no controle de distúrbio civil. Calebe é um Pastor Alemão de quatro anos e oito meses, que chegou ao canil setorial em fevereiro de 2011. Foi adestrado pelo soldado da PM Lucena e começou seu trabalho nas ruas com dois anos. Atuou em apoio a mais de 15 ocorrências de apreensão de drogas, além de realizar diariamente apoio ao patrulhamento ostensivo e preventivo nas ruas de Suzano. O cabo PM Alcantara, que está com o cão desde maio de 2013, relatou que as ações que mais surpreendem são aquelas quando as drogas estão escondidas em lugares inusitados e nem sempre as apreensões em grandes quantidades. "Quando as drogas estão em lugares difíceis, as habilidades do cão são mais evidenciadas. Essas são as que mais marcam", disse. Ele relembra de um caso no Ramal São José, localizado no Parque Residencial Casa Branca, onde o cão encontrou as drogas dentro de uma meia molhada que estava em meio a entulhos. "Encontramos um menor com uma pochete contendo dinheiro, cinco trouxinhas de maconha e três pinos de cocaína. Próximo a abordagem, o cão Calebe localizou enterrado em meio a entulhos, uma meia molhada e uma sacola plástica com mais dois pinos de cocaína e duas trouxinhas de maconha", relatou. Já o Pastor Belga Malinois, Judá, é considerado um cão prodígio pelos profissionais do canil. Suzanense, nasceu em 11 de fevereiro de 2013, também adestrado pelo soldado Lucena, ainda no período de treinamento, participou de três ocorrências com entorpecentes. Hoje com dois anos e três meses, em seu currículo ele ajudou na detenção de cerca de 20 pessoas, a apreensão de aproximadamente 140 quilos de drogas a granel, dentre outros invólucros contendo maconha, crack e cocaína, e também frascos de lança perfume. Certa vez, em apenas uma ocorrência, Judá localizou 300 pinos de crack. E em outra ocasião o cachorro encontrou mais de 500 pinos e invólucros com drogas. Considerado uma arma não letal, o trabalho com a utilização de cães, cada vez mais, vem ganhando a aprovação dos profissionais da segurança pública, justamente pela eficácia e relevância nas ações. "Dificilmente o infrator ou a pessoa que está sendo abordada reage quando há a presença do cão. Isso simplifica e aumenta a efetividade do trabalho do policial", concluiu Alcantara.