Região

Presidente da APM de Mogi vê déficit de maternidades

Presidente da Associação Paulista de Medicina (APM), Alex Sander José Miguel, foi entrevistado no programa 'DS Entrevista'

2 JUN 2019 • POR Daniel Marques - da Região • 09h30
Médico elogiou o sistema de saúde de Mogi das Cruzes, e destacou os esforços de Suzano para organizar a saúde no município - Bruna Nascimento/DS
O presidente da Associação Paulista de Medicina (APM), Alex Sander José Miguel, acredita que existe déficit de maternidades no Alto Tietê.
 
O médico elogiou o sistema de saúde de Mogi das Cruzes, e destacou os esforços de Suzano para organizar a saúde no município. No entanto, ele diz que o número de maternidades no Alto Tietê é pequeno para atender a demanda, citando ambas as cidades.
 
"Temos em Mogi a Santa Casa, que faz a parte do Sistema Único de Saúde (SUS), e a única privada é a do Mogi Mater. Em Suzano tem a Santa Casa e o novo hospital privado. Mas ainda faltam leitos obstétricos e leitos de UTI Neonatal", disse.
"O investimento em saúde tem que ser feito de médio a longo prazo, e que tem que ter continuidade. Não é só área física", disse.
 
A associação conta com cerca de 34 mil médicos no Brasil, sendo 500 deles, só na cidade de Mogi. O número é o maior da região do Alto Tietê. O projeto com os médicos conta com assessoria de imprensa e possui uma revista bimensal chamada "Plantão". "Nosso grande objetivo é atrair o profissional, e temos apoio da APM de São Paulo", disse.
 
Reprodução Humana
 
Alex se especializou em reprodução humana e desde 2005 trabalha na área. Ele explica que o ideal é que mulheres tenham filhos com, no máximo, 35 anos. "A mulher está demorando mais tempo para querer ser mãe. Mulher tem o chamado 'relógio biológico'. Após 37 anos ela reduz quantidade e qualidade dos óvulos, então é bom não atrasar tanto. O ideal é ela começar e terminar (de ter filhos) até os 35", sugere.
 
Mais Médicos
 
O presidente da APM é a favor do programa "Mais Médicos", do governo federal. Porém, ele defende os critérios usados atualmente no programa. "8 mil médicos cubanos estavam no Brasil sem revalidar o diploma, isso é muito sério. Ele está trabalhando com a população. O programa é importante para descentralizar o serviço médico", conta. Alex ainda diz que a APM está ajudando no preparo dos profissionais para o programa.