Focus aposta em nova alta dos juros
Depois de algumas semanas sem alterações, o Relatório de Mercado Focus, divulgado ontem pelo Banco Central, revelou a mudança já 'cantada' individualmente pelos economistas para a Selic neste ano. A mediana das projeções aponta que a taxa básica de juros encerre 2015 em 14,25% ano ante taxa de 14% vista até a semana passada. Há um mês, a estimativa era de que a Selic encerrasse 2015 em 13,75% ao ano. A expectativa pela mudança se dá desde a decisão da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter o ritmo de alta dos juros em 0,50 ponto porcentual e, principalmente, após a divulgação da ata desse encontro, considerada conservadora. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano. Com a mudança, a taxa média para 2015 passou de 13,5% ao ano par 13,63%. Quatro semanas antes, essa taxa média estava em 13,38% ao ano. No caso do fim de 2016, a mediana das projeções permaneceu em 12% ao ano pela quarta semana seguida. Apesar disso, a mediana das estimativas para a Selic média do ano que vem subiu, passando de 12,83% ao ano para 12,96, o que embute a informação de que houve alguma alteração para cima nas projeções que ainda não foi detectada pela mediana e/ou que a perspectiva de que taxa básica permanecerá por mais tempo em patamar mais elevado ao longo do ano do que o imaginado antes. Entre os economistas que mais acertam as projeções para o rumo da taxa básica de juros, o Top 5 no médio prazo, a mudança para 2015 foi no mesmo sentido: a Selic vai encerrar em 14,25% ao ano ante projeção anterior de 13,75%, a mesma vista também há um mês. Já cotação do dólar estará em R$ 3,40 no encerramento de dezembro ante perspectiva anterior de R$ 3,30. PIB A expectativa para a retração da economia, neste ano, passou de 1,35% para 1,45%. Essa é a quinta piora seguida na estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB). Para 2016, a projeção de crescimento passou de 0,9% para 0,7%. Na avaliação do mercado financeiro, a produção industrial deve ter queda de 3,65%, neste ano, e crescimento de 1,5%, em 2016.