Sindicatos iniciam discussão sobre reajustes de salário
Datas usadas como base para as mudanças vão se aproximando
16 JUN 2021 • POR Thiago Caetano - de Suzano • 11h12
Construção Civil definiu o reajuste. Setor terá um salto de 7,59% e a definição ocorreu no último dia 28 - Regiane Bento/DS
Sindicatos da região estão se articulando para negociar reajuste de salário neste ano. As datas usadas como base para as mudanças vão se aproximando, e as tratativas já começaram com trabalhadores de alguns setores importantes para o desenvolvimento da região.
Os sindicatos têm sido cautelosos desta vez, já que a pandemia da Covid-19 tem abalado praticamente todos os setores. Isso inclui indústria, comércio e serviços - que têm sofrido bastante para conseguir estabilizar as finanças em um período de restrições na circulação de pessoas.
Alguns sindicatos, como o da Construção Civil, já definiram os reajustes. O setor terá um salto de 7,59% e a definição ocorreu no último dia 28. Outros ainda precisam acertar valores, já que as respectivas datas-base chegarão no segundo semestre deste ano.
É o caso do Sindicato dos Servidores Públicos de Suzano, que está realizando reuniões a fim de definir os valores do reajuste. Mesmo assim, o presidente, Cláudio Aparecido dos Santos, o Ted, já admite que não haverá aumento real. A luta será pela reposição inflacionária e mais alguns benefícios para os cerca de 5,6 mil trabalhadores do setor em Suzano.
“A data era para março, e está atrasada. Estamos conversando. Protocolamos a pauta e fizemos a primeira reunião. Não andou. Vamos marcar uma próxima. Tentaremos alguma coisa acima disso, mas é meio complicado. O prefeito (de Suzano, Rodrigo Ashiuchi) ainda não fechou as portas. Como é um ano atípico pela pandemia, estamos indo com paciência”, explicou.
A mesma reposição será pedida pelo Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Correios e Telégrafos (Sintect) da região. A data-base é em agosto, e as reivindicações serão protocoladas neste mês para beneficiar os cerca de 500 trabalhadores da região.
“Hoje, o piso é R$ 1,8 mil, mas vamos pedir reposição da inflação e lutar pelo o que tiraram da gente no ano passado”, prometeu, se referindo à alteração no dissídio dos profissionais da empresa, ocorrida após liminar cedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à estatal no ano passado.
O presidente do Sindicato dos Bancários e Financiários de Mogi das Cruzes e Região, Clayton Teixeira Pereira, disse que os trabalhadores do setor começarão a se movimentar em julho pelo reajuste. A proposta é de repor a inflação mais 2% do valor.