Ataques terroristas na França, Tunísia e Kuwait matam 63 pessoas
Ataques terroristas na França, Tunísia e Kuwait ontem deixaram dezenas de mortos, aumentando a preocupação sobre a propagação da influência de grupos jihadistas. Na França, os extremistas invadiram uma fábrica de produtos químicos de uma empresa americana perto de Lyon, decapitaram uma pessoa e tentaram, sem sucesso, explodir o local, no que as autoridades francesas, incluindo o presidente François Hollande, disseram se tratar de um ataque de “natureza terrorista”. Pelo menos uma pessoa morreu e duas ficaram feridas. Na Tunísia, pelo menos 37 pessoas morreram no ataque a um hotel na cidade de Sousse. Tiros foram ouvidos no local, e o atirador teria morrido. O ataque começou na praia de Sousse, de acordo com turistas, que, de início acreditavam estar ouvindo barulhos de fogos de artifício. O atentado foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico. O presidente da Tunísia, Beji Caid Essebsi, afirmou que "mais uma vez, mãos covardes e traidoras atacaram a Tunísia, atingindo sua segurança e a segurança de crianças e turistas". Essebsi prometeu tomar medidas "doloridas mas necessárias" e acrescentou: "Nenhum país está livre do terrorismo e precisamos de uma estratégia global de todos os países democráticos". O secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, Philip Hammond, afirma que pelo menos cinco britânicos foram mortos, mas os números devem aumentar, pois acredita-se que mais vítimas eram do Reino Unido. O terceiro ataque do dia aconteceu em uma mesquita xiita no Kuwait. A explosão, também reivindicada pelo Estado Islâmico, deixou ao menos 25 mortos e mais de 200 feridos. De acordo com fontes ouvidas pelo New York Times, o governo americano, por meio de suas agências de inteligência e contraterrorismo, estão avaliando as possíveis conexões entre os três casos. As fontes disseram que, se a avaliação constatar que os ataques foram relacionados, o próximo passo será determinar se, de fato, o Estado Islâmico os dirigiu, coordenou ou os inspirou.