Cidades

Apeoesp aponta 8 escolas estaduais com professores afastados por Covid

Sindicato em Suzano foi quem passou a informação, mas Secretaria de Educação do Estado nega

14 FEV 2022 • POR Fernando Barreto - da Região • 22h20
Jacques Yves Cousteau foi uma das unidades citadas pela diretora - Regiane Bento/DS
A Apeoesp de Suzano apontou que pelo menos oito escolas da rede estadual da cidade têm professores estão afastados por se contaminarem pela Covid-19 desde a retomada das aulas presenciais no Estado. A informação foi confirmada pela diretora executiva da Apeoesp de Suzano, Ana Lúcia. Ela não informou um número exato de docentes, mas explicou que algumas escolas tem mais de um professor afastado.
 
A Secretaria Estadual de Saúde, porém, negou que oito escolas estaduais em Suzano tenham professores afastados. A pasta afirma que foi registrado casos em apenas duas unidades e e que, após a notificação, “as atividades de trabalho dos infectados são suspensas e os servidores cumprem o período de 7 dias ou conforme determinado pelo atestado médico, sem prejuízo aos serviços ofertados nem ao retorno às aulas, ministradas por professores substitutos”.
 
A diretora citou as escolas estaduais: Batista Renzi; Maria Elisa de Azevedo Cintra; Alfredo Roberto; Professor José Benedito Leite Bartholomei; Jussara Feitosa Domschke; Comandante Jacques Yves Cousteau; Professora Jandyra Coutinho e Roberto Bianchi.
 
Volta às aulas
 
Questionada sobre ser a favor do retorno das aulas ou não, Ana Lúcia destacou que a questão não é o retorno, mas as condições para receber os profissionais.
 
“A posição da Apeoesp sempre foi a mesma: ninguem é contra a volta às aulas, somos contra voltar sem ter condições de cumprir as medidas de segurança exigidas pelas autoridades de saúde”, disse.
 
Ela reitera que “parece que nao queremos aula, mas não é isso, nossa posição é em relação as condições que as escolas têm e a vacinação que está incompleta”.
 
Aumento de casos 
 
Na última sexta-feira foi publicado na revista Jama Health Forum, da Associação Americana de Medicina, que a abertura de escolas não contribuiu para agravar a situação da pandemia em países em desenvolvimento, como o Brasil. O trabalho foi feito por pesquisadores brasileiros no exterior e analisou números de casos e mortes por Covid-19 em 643 municípios de São Paulo, no fim de 2020. 
 
É a primeira pesquisa que aborda a reabertura da educação na pandemia em um país em desenvolvimento. Foram analisadas 129 cidades que abriram as escolas e 514 que não o fizeram entre outubro e dezembro de 2020. 
 
Dois municípios do Estado foram desconsiderados porque abriram e depois fecharam novamente. No total, são cerca de 18 mil escolas analisadas.
 
Sobre isso, Ana Lúcia não comentou, pois segundo disse, “não é autoridade da saúde para afirmar ou não que ocorreu aumento após a abertura das escolas”.