Falsos policiais são presos com réplicas de armas e distintivos em Suzano
Dupla se apresentou aos agentes da guarda utilizando distintivos e armas falsos
17 FEV 2023 • POR de Suzano • 05h00
GCM prendeu dupla. Além de afirmar pertencer ao quadro da Polícia Judiciária, ainda fazia o uso de distintivos falsos - Luana Bergamini/Secop Suzano
Em uma ação que mais parecia ter saído de um enredo de filme, a Guarda Civil Municipal (GCM) de Suzano prendeu na manhã desta quinta-feira (16/02) dois indivíduos que se passavam por policiais civis no bairro Vila Urupês. A dupla, além de afirmar pertencer ao quadro da Polícia Judiciária, ainda fazia o uso de distintivos falsos e réplicas de pistolas.
No momento da prisão, a GCM ainda recuperou um veículo Fiat Palio, de cor verde, utilizado pelos falsos agentes, que havia sido roubado. O caso foi registrado no 1º Distrito Policial de Palmeiras, onde os indivíduos permaneceram presos, sendo que um deles era foragido da Justiça pelo crime de roubo.
O homem que dirigia o veículo foi quem provocou suspeitas da GCM quando, por vontade própria, teria se dirigido aos guardas e se apresentado como se fosse um agente em serviço, com carro descaracterizado e afirmando que estava cumprindo um mandado de prisão pela rua Jeca Tatu. Ele teria informado aos guardas que ficassem preparados para o caso de ele precisar de ajuda, porém, após essa solicitação, o suspeito teria deixado o local em alta velocidade com o Palio.
A atitude gerou desconfiança e motivou o acionamento dos guardas para outros grupamentos, que capturaram o indivíduo dez minutos depois, no mesmo bairro. Após a abordagem, o indivíduo declarou ter um amigo que, segundo ele, também era policial civil e poderia confirmar seu relato.
Ao chegar no local, o segundo suspeito havia reforçado que ambos eram policiais civis, porém, apresentaram os distintivos falsos e as réplicas de pistola e, mesmo diante das circunstâncias contrárias, insistiram em tentar enganar os guardas. A história da dupla não convenceu os GCMs, que deram voz de prisão e apreenderam o veículo, que era roubado. Todavia, a caminho do 1º DP, os homens ainda tentavam convencer que faziam parte do quadro da Polícia Civil Paulista. Participaram da ocorrência agentes do Canil, do Grupamento de Patrulha Ambiental (GPA), do Comando de Área e da Patrulha Maria da Penha.
Medo da prisão
Segundo informações da GCM, uma das hipóteses que poderiam explicar a atitude do indivíduo em se dirigir aos agentes teria sido o medo de ser preso. Ele teria dito que havia acabado de praticar o crime de extorsão a uma comerciante na rua João Batista Gava, no Jardim Luella, e teria exigido dinheiro para não denunciá-la por associação ao tráfico de entorpecentes, uma vez que o estabelecimento dela estaria próximo a um ponto de drogas. Sendo assim, ele deduziu que a comerciante poderia acionar policiais reais e farsa montada seria desfeita.
Outra situação que também poderia ter aumentado o medo do falso policial ser pego foi o fato de ele estar dirigindo um veículo roubado quando se apresentou à GCM. Esse automóvel, segundo declaração do indivíduo aos agentes, pertencia a uma das pessoas que circulavam em torno do ponto de drogas. No carro ainda haveria uma sacola com entorpecentes, motivo pelo qual o falso policial também teria ameaçado a comerciante por tráfico.
O secretário interino de Segurança Cidadã, Afrânio Evaristo da Silva, parabenizou a atuação dos agentes por desmascarar os farsantes e impedir que eles continuassem cometendo delitos se passando por policiais.
“Agimos com perspicácia mais uma vez. Identificamos rapidamente que aquela história não era verídica diante das informações que ambos os homens apresentaram quando foram abordados. Mostramos a união de nossos grupamentos para garantir uma rápida captura desse homem, e depois a prisão de seu comparsa, que também afirmou ser policial civil. Contribuímos mais uma vez com as forças policiais que atuam no nosso município em ajudar a tirar das ruas dois indivíduos que se passavam por agentes da lei que, em vez de atuar protegendo o cidadão, poderiam praticar crimes e manchar o nome da Polícia Civil paulista”, destacou o chefe da pasta.