Educadores de Suzano recebem capacitação sobre autismo
Atividade contou com a participação de 320 docentes
Em alusão ao Mês de Conscientização sobre o Autismo, as Secretarias de Educação e de Saúde de Suzano realizaram na última quinta-feira (11/04) uma formação com 320 pessoas entre professores, coordenadores e diretores das escolas que compõem a rede municipal de ensino. A atividade ocorreu de forma remota e abordou o Transtorno do Espectro Autista (TEA), sendo ministrada pelo neuropediatra Vinícius Burani Kowalski, que atua no Ambulatório de Especialidades Dr. Joracy Cruz, no bairro Parque Santa Rosa.
A palestra abordou definição do TEA, classificação, critérios diagnósticos, formas de detecção, tratamentos, farmacologia, farmacoterapia e orientações gerais sobre a condição aos docentes. A ideia foi auxiliar na identificação do transtorno em crianças e jovens dentro das escolas, bem como prepará-los para que saibam lidar com cada situação detectada.
O secretário de Educação, Leandro Bassini, destacou a complexidade do tema para apontar a necessidade de tratá-lo com pessoas que diariamente convivem com crianças dentro das unidades. “É essencial que todos os professores da nossa rede saibam identificar uma criança ou um adolescente com TEA, pois muitas vezes o pai ou a mãe não conseguem fazer isso. Essa detecção fica mais complicada quando essa condição se apresenta em graus mais leves”, ressaltou Bassini.
Em Suzano, essa identificação se tornou possível não só por conta do trabalho realizado pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE) e pelas constantes capacitações pelas quais os docentes passam, como também pelas emissões da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Cipteas), regulamentadas pelo Decreto Municipal 9.845/22 que permitem a fácil identificação dessas pessoas visando o acesso a serviços preferências a pessoas com deficiência, garantindo prioridade no atendimento delas.
O secretário de Saúde, Diego Ferreira, enalteceu a parceria com a Educação e afirmou que a iniciativa permite que a cidade tenha maior cobertura com as necessidades exigidas por pessoas com TEA. “Quanto mais gente souber sobre formas de identificar essa condição, mais fácil fica para atendermos todas as pessoas que precisam de alguma atenção especial por conta do transtorno. Essa parceria com a Educação pula alguns degraus, colocando professores com conhecimento sobre o TEA dentro das escolas, próximos a pessoas que às vezes nem sabem que possuem essa condição”, finalizou.