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Número de obras paralisadas no Alto Tietê sobe para 12 com contratos de R$ 95,7 milhões

No fim de 2023 eram dez obras, avaliadas em R$ 71,9 milhões; Suzano viu obras reduzirem, enquanto Salesópolis aumentou

9 JUN 2024 • POR Fernando Barreto - da Região • 05h00
TCE divulgou aumento no número de obras paralisadas na região - Divulgação/TCESP
O Alto Tietê aumentou de dez para 12 obras atrasadas ou paralisadas na comparação entre o segundo trimestre de 2023 com o primeiro deste ano. Os valores das obras somam R$ 95.732.187,61. Os dados são do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
 
Na reportagem realizada pelo DS em 30 de novembro passado, com base no mesmo banco de dados, apontava para três obras não concluídas em Ferraz e Suzano. Duas em Salesópolis e uma em Poá e Santa Isabel. As demais não tinham obras registradas.
 
Suzano
 
Suzano é o destaque, que reduziu de três para uma obra parada ou atrasada. Trata-se de um projeto de infraestrutura viária Badra Planalto, avaliado em R$ 11.669.854,26.
 
Demais cidades
 
Já no último relatório (o atual), Salesópolis saltou de duas para cinco obras paradas ou atrasadas. As obras tratam-se de reforma do Centro de Pesquisa; reforma e ampliação da escola Profª Maria Aparecida Biasoli; obra de revitalização do Largo do Mercadão; revitalização, pavimentação asfáltica e paisagismo; e urbanização com drenagem e pavimentação de bairro.
 
As cinco obras estão avaliadas em R$ 10.311.781,39.
 
Em seguida está Ferraz, que manteve as três obras registradas no relatório de 2023 e neste último. Tratam-se de obras sobre reforma e ampliação do prédio para instalação da Câmara; construção de 187 moradias do Projeto Morar Bem II; e construção de Centro de Convenções.
 
As três obras somam R$ 10.489.523,64.
 
Com uma obra não concluída estão as cidades de Itaquá, Poá e Santa Isabel.
 
Em Poá e Santa Isabel a mesma obra do ano passado seguiu para este ano. Em Poá trata-se de construção do Centro Educacional Poaense - CEP Santa Luiza, avaliada em R$ 10.743.185,49.
 
Já em Santa Isabel a obra é de construção da 1ª fase do Centro Municipal de Formação Pedagógica, avaliada em R$ 2.909.852,30.
 
Por fim, Itaquá, que não tinha obras no relatório passado, registrou uma agora. Trata-se de adequação de acessibilidade da Estação Aracaré, avaliada em R$ 49.607.990,53.
 
‘Painel de Obras do TCESP’ têm dados entre janeiro e março
 
Segundo levantamento realizado pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP), no primeiro trimestre de 2024, Estado e 644 municípios paulistas (exceto a Capital) somam, juntos, o montante de R$ 31,23 bilhões investidos em 734 obras públicas que se encontram atrasadas ou paralisadas. O total que já foi gasto com esses empreendimentos, previstos para serem entregues entre 2009 e 2025, alcança o montante de R$ 15.464.708.776,38.
 
Segundo a ferramenta ‘Painel de Obras do TCESP’, entre janeiro e março deste ano, foram detectadas 262 obras, cujos contratos iniciais somam R$ 11.781.544.099,12, com problemas de cronograma e se encontram atrasadas. Em valores pagos, entre 2014 e 2024, já foram desembolsados R$ 9.440.268.103,24 com o custeio desses empreendimentos. Os dados estão disponíveis no link https://paineldeobras.tce.sp.gov.br.
 
O empreendimento mais caro da lista, ao montante de R$ 10.598.943.127, sob responsabilidade do Governo do Estado, diz respeito a contrato firmado pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) com a empresa Siemens Mobility, para readequações e ampliação do sistema de suprimento de energia de tração das Linhas 11 - Coral E 12 - Safira da CPTM. A obra deveria ter sido entregue em agosto de 2015. 
 
O estudo, que traz informações colhidas durante o primeiro trimestre de 2024, mostra que 472 empreendimentos se encontram paralisados. Dentre esses, o mais antigo, paralisado em 1 de julho de 2010, trata da construção de 187 moradias do Projeto Morar Bem II, em Ferraz de Vasconcelos, ao valor contratado de R$ 3.946.212,89.