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Instituto 'Corriga Amiga' vê longas esperas na calçada e curtos períodos de travessia em cidades

O instituto analisou 167 semáforos em 21 cidades de seis Estados brasileiros

13 JUL 2024 • POR da Reportagem Local • 20h00
O instituto analisou 167 semáforos em 21 cidades de seis Estados brasileiros - Isabela Oliveira/DS

Longas esperas na calçada e curtos períodos de travessia. Esse foi o resultado revelado pelo Instituto Corrida Amiga após analisar 167 semáforos em 21 cidades de seis Estados brasileiros e mapear o tempo que eles ficam abertos para que as pessoas possam ir de um lado a outro da rua. Em média, os dados revelam que o pedestre tem apenas 7 segundos para fazer a travessia.

Na cidade de São Paulo, no entanto, as informações coletadas mostram que os paulistanos têm, em média, 15 segundos para atravessar a rua. O cálculo leva em conta 79 semáforos que estavam funcionando. As informações foram enviadas por moradores locais que compartilharam suas realidades com a ONG.

No entanto, o Instituto Corrida Amiga também identificou semáforos em São Paulo que ficam abertos para pedestres por apenas 4 segundos. É o caso dos cruzamentos entre as ruas da Consolação e Maria Antônia e entre a própria Consolação e a Rua Caio Prado, na região central da cidade.

Semáforos de São Paulo criam “Travessias Ciladas”

O Instituto Corrida Amiga criou o termo “Travessias Ciladas” para definir os semáforos que ficam abertos por menos de 10 segundos.

De acordo com a ONG, “em uma velocidade média de 0,7 m/s – comum entre crianças e idosos – um intervalo de 10 segundos permitiria uma distância percorrida de 7 metros, o suficiente para cruzar uma rua de duas pistas largas”. Sendo assim, faróis com menos de 10 segundos de abertura para pedestres representariam uma “cilada” para certos grupos.