Lava Jato denuncia Zelada por corrupção e executivo por propina ao PMDB
A força-tarefa da Lava Jato do Ministério Público Federal (MPF) denunciou, na última quarta-feira, o ex-diretor da Petrobras Jorge Luiz Zelada (Internacional), por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, e o executivo João Augusto Rezendo Henriques, por suposto repasse de propina ao PMDB. O MPF acusa outros quatro investigados pelos mesmos crimes atribuídos a Zelada - o ex-diretor geral da área internacional da estatal Eduardo Vaz da Costa Musa, os lobistas Hamylton Pinheiro Padilha Junior, Raul Schmidt Felippe Junior e o executivo Hsin Chi Su (Nobu Su). Segundo a Procuradoria, para operacionalização do esquema atuaram como intermediários na negociação para contratação de navios-sonda, e posterior repasse de "vantagens indevidas", os lobistas Hamylton Padilha, Raul Schmidt Junior e João Augusto Rezende Henriques. "Coube a Padilha pagar a parte destinada a Eduardo Musa. Raul Schmidt Junior realizou os pagamentos em favor de Zelada, enquanto João Augusto Rez[divide]ende Henriques distribuiu a vantagem indevida ao PMDB. Todos fizeram os pagamentos mediante depósitos no exterior", afirma o MPF. A força-tarefa apurou que Hsin Chi Su, executivo da empresa chinesa TMT, e Hamylton Padilha, lobista que atuava na Petrobrás, repassaram aproximadamente US$ 31 milhões a título de propina para Zelada (diretor Internacional da Petrobras entre 2008 e 2012). De acordo com a denúncia, em troca desses valores Zelada e Eduardo Musa beneficiaram a sociedade americana Vantage Drilling no contrato de afretamento do naviosonda Titanium Explorer, celebrado com a Petrobras no valor aproximado de US$ 1,8 milhões.