Região

Candidatos comentam sobre abertura da Maternidade de Mogi

Obras foram concluídas, mas o equipamento segue sem funcionar na cidade; candidatos foram sabatinados

18 SET 2024 • POR Thiago Caetano - de Suzano • 08h00
Essa foi a ordem das sabatinas - Isabela Oliveira/DS
Candidatos a prefeito de Mogi das Cruzes falaram sobre a possibilidade de abertura da Maternidade Municipal durante sabatina do jornal Diário de Suzano, realizada entre os dias 11 e 16 de setembro.
 
Embora as obras do prédio estejam concluídas, o equipamento segue sem funcionar. O motivo seria a falta de recursos financeiros. No mês passado, o atual prefeito, e candidato à reeleição, Caio Cunha (Podemos), publicou um vídeo em suas redes sociais afirmando que o gasto com as operações chegaria a R$ 6 milhões por mês. Todos os postulantes à Prefeitura veem, porém, a necessidade de uma nova maternidade na cidade.
 
Além do atual chefe do Executivo, participaram da série de entrevistas os candidatos Rodrigo Valverde (PT), Sheila Mantovanni (Mobiliza) e Doutor Roberto Rodrigues (PRTB). A candidata Mara Bertaiolli (PL) foi convidada, mas alegou, através de sua assessoria, que não dispõe de agenda para participar da sabatina.
 
Rodrigo Valverde
 
“As mães mogianas sofrem demais dependendo somente da Santa Casa. Não tenho dúvida de que precisa de uma nova maternidade”, afirmou o petista. Ele criticou o atual prefeito e gestões anteriores. Ele garantiu que abrirá a unidade caso seja eleito. “O prefeito não abriu por total inoperância, assim como as gestões anteriores. Faz tempo que precisamos da maternidade. A outra desculpa é que não tem orçamento e que é competência do Estado”, disparou Valverde.
 
Além de garantir a abertura do equipamento, o petista fez uma série de promessas para a saúde. “Quero garantir que abriremos a maternidade, o pronto-socorro (do Hospital Luzia de Pinho Melo, de responsabilidade do Estado), voltaremos com atendimento 24 horas na UBS de César de Souza, implementaremos uma UPA no Mogi Moderno e todos os distritos terão uma unidade atendendo 24 horas”, pontuou.
 
Caio Cunha
 
Segundo entrevistado na sabatina, o candidato à reeleição pregou cautela quando questionado sobre a abertura da Maternidade. “Nós queremos que abra, mas com responsabilidade”, afirmou. “É um dinheiro que não pode sair do município. Fizeram um projeto, foi feita a construção. Gastar R$ 6 milhões por mês para receber pessoas de outras cidades para fazer o parto deles não tem sentido nenhum”, explicou o prefeito.
 
Caio Cunha mencionou que Mogi possui um convênio de obstetrícia na Santa Casa, pago pelo governo estadual, que aguarda a “reorganização da saúde na região prometida pelo Estado” e que “houve um aval do Ministério da Saúde”, com quem a Prefeitura também tem articulado. “Se não houver a migração do convênio para a maternidade, o que pode ser feito é criar um outro e as outras cidades serem atendidas por esse novo hospital”.
 
Sheila Mantovanni
 
A candidata do Mobiliza defende que haja um trabalho em conjunto entre as cidades do Alto Tietê, visando a abertura da unidade e melhorias nos hospitais Santa Marcelina, em Itaquá (de responsabilidade do Estado) e na reabertura do PS do Luzia de Pinho Melo.
 
“Teria que haver um trabalho conjunto entre as cidades para trazer uma emenda parlamentar para cá e abrir, eventualmente a maternidade que está fechada, melhorar o Hospital Santa Marcelina e abrir o PS do Luiz para os pacientes terem aonde chegar. Dinheiro tem, mas é preciso ser gerido da maneira correta”, pontuou a candidata. 
 
Doutor Roberto Rodrigues
 
Ao ser questionado sobre o PS do Luzia, Doutor Roberto Rodrigues afirmou que brigará com o Estado pela reabertura. “Saúde é um direito constitucional. Não importa quem vai pagar”, disse.
 
O candidato emendou uma crítica à atual gestão e afirmou que os gastos com saúde foram altos, mas não houve melhorias. Ele também criticou ex-prefeitos. “O prefeito que falou que não assumiu a maternidade porque não é atribuição do município. Antes dele, passaram Marcus Mello, Marco Bertaiolli, por dois mandatos, e Junji Abe. Quanto dinheiro se gasta em saúde e não vemos melhorias? É muito gasto”, criticou Rodrigues.