Polícia

Polícia do Tocantins cumpre mandados em Ferraz em operação contra crimes virtuais

Ação desarticula grupo criminoso que esvaziava contas bancárias das vítimas, no golpe conhecido como "Mão Fantasma"

11 OUT 2024 • POR Thiago Caetano - Da Reportagem Local • 17h10
Ação foi deflagrada em cinco cidades paulistas, entre elas, Ferraz de Vasconcelos - Divulgação/Polícia Civil do Tocantins

A Polícia Civil do Tocantins deflagrou, nesta quinta-feira (10), a “Operação Ghostbusters” em cinco cidades de São Paulo. Entre elas, Ferraz de Vasconcelos. Os agentes também cumpriram mandados em São Paulo, Praia Grande, Araçatuba e Guarulhos. A polícia de São Paulo também auxiliou na ação, que contou com a participação de 60 agentes.

São quatro ordens de prisão preventiva, contra três suspeitos, e 14 mandados de busca e apreensão expedidos por duas varas criminais de Palmas, capital do Estado.

A ação visa desarticular uma organização criminosa especializada no ataque conhecido como “Mão Fantasma”, onde a vítima tem a conta bancária esvaziada. Um suspeito foi preso. Ele não teve a identidade revelada e nem a cidade de onde foi detido. O grupo criminoso causou um prejuízo estimado de R$ 120 mil às vítimas, todas moradoras de Palmas. A investigação é realizada pela Divisão Especializada de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC - Palmas).

Mão Fantasma

O crime se inicia quando o criminoso liga para a vítima e se apresenta como funcionário de uma instituição financeira. Ele comunica a vítima sobre possíveis movimentações atípicas em sua conta bancária, como compras, transferências suspeitas e tentativas de invasão, notificadas previamente por mensagens SMS.

“Diante da negativa da vítima quanto à confirmação de tais movimentações e acessos, o suposto funcionário indica a necessidade de uma varredura digital no dispositivo, que seria executada remotamente pelo atendente por meio da instalação de um aplicativo, procedimento que reforçaria os mecanismos de segurança”, explicou o delegado Lucas Brito Santana, no site da corporação.

De acordo com a polícia, quando instalado o aplicativo, é atribuído acesso remoto do dispositivo ao criminoso. Então, ele passa a subtrair, sob os olhares da vítima, todos os valores contidos em suas contas, até mesmo os créditos em potencial, por via de uma série de transações, como transferências, pagamentos, empréstimos e adiantamentos.

A corporação descreve os criminosos como cordiais e que utilizam linguagem culta. Além disso, utilizam recursos tecnológicos, como as gravações das centrais, e simulam transferências para outros atendentes, podendo, inclusive, mascarar o número de telefone adotado pelas instituições financeiras.