Próximo de completar cinco anos, Cravi tem 4,8 mil atendimentos
Coordenadora do Cravi, Alessandra Roberta de Oliveira, concedeu entrevista ao DS. Jornal detalha os atendimentos
23 OUT 2024 • POR Gabriel Vicco - de Suzano • 06h00
Cravi está próximo de completar cinco anos. Neste período, já realizou mais de 4,8 mil ações - Divulgação
O Centro de Referência e Apoio à Vítima (Cravi) de Suzano está próximo de completar cinco anos. Neste período, já realizou mais de 4,8 mil atendimentos, de acordo com a coordenadora Alessandra Roberta de Oliveira, que concedeu entrevista exclusiva ao DS, fazendo um balanço do trabalho no Cravi.
Ela explicou que esses atendimentos são destinados a vítimas diretas e indiretas de crimes contra a vida. “Atendemos vítimas de tentativa de feminicídio, homicídio, latrocínio. São vítimas diretas e indiretas e familiares que se sentem afetados por aquela violência”, disse.
O Cravi realiza ações em entidades parceiras, como por exemplo o Instituto Thadeu José de Moraes (ITJM), que tem o projeto "Tecendo Raízes" com o objetivo de discutir sobre conceitos pré-definidos como questões étnicas e de classe, negritude e a interseccionalidade da população negra; discutir e reconhecer relações e contex tos que podem configurar-se como uma violação de direitos humanos; trabalhar a percepção de identidade individual e coletiva a partir dos marcadores sociais que atravessam a população negra; e construir, através do diálogo e dinâmicas grupais, a noção de autonomia e autoestima.
Os atendimentos do Cravi são feitos tanto no Paço Municipal, na Rua Baruel, 501, sala 14 do subsolo, quanto na sede da AAMAE, na Rua Hélio Guimarães Lanzas, 395. “Para facilitar o acesso dos usuários aos atendimentos, nossos psicólogos realizam atendimentos na sede da AAMAE três vezes por semana: terça-feira, quarta-feira e sábado”.
A partir do dia 1º de novembro, inclusive, a AAMAE passará a assumir o serviço com recursos próprios, já que o convênio com a Secretaria de Justiça vai se encerrar. “Vai se encerrar agora no dia 31 de outubro e a partir de 1º de novembro a Aamae assume e dá continuidade nos atendimentos. Na prática, não muda nada para os usuários, é mais uma questão de gestão”, continuou Alessandra. O Cravi dispõe de apoio psicológico, social e orientação jurídica e trabalha em conjunto com todos os equipamentos da cidade.
“Atuamos em articulação com todos os equipamentos, com a Assistência Social, com a Saúde, com a Delegacia da Mulher, com o Anexo de Violência”, finaliza. O atendimento na sala do Cravi no subsolo do Paço Municipal acontece das 8 às 17 horas de segunda a sexta-feira.