Comércio em queda
O desânimo das vendas no comércio no Dia dos Pais mostra que a situação no setor se mantém instável e acompanha a crise econômica pela qual vive o País. Só para se ter uma ideia, as vendas do comércio varejista fecharam o mês de junho com queda de 0,4%, na comparação com maio, o quinto resultado negativo consecutivo, na série livre de influências sazonais. Já a receita nominal do setor cresceu 0,8%, entre um mês e outro, mantendo-se favorável em todas as bases de comparações. Os dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) foram divulgados ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e indicam que o volume de vendas caiu 2,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, 2,2% no acumulado do ano e 0,8% na taxa acumulada nos últimos 12 meses. Com relação a receita nominal, os números mantiveram-se positivos em todas as bases de comparações: 4,6% em relação a junho do ano passado, 4,2% no acumulado do ano e 5,5% no acumulado dos últimos 12 meses. No que diz respeito ao comércio varejista ampliado – que inclui o varejo e as atividades de veículos, motos, partes e peças e material de construção – houve retração pelo sétimo mês consecutivo, tanto para o volume de vendas, entre maio e junho (-0,8%); quanto para a receita nominal (-0,2%). Em relação ao mesmo mês do ano anterior, a queda foi 3,5% para o volume de vendas, inferior às taxas registradas em maio (-10,4%) e em abril (-8,3%). As taxas acumuladas do comércio varejista ampliado indicam recuo de 6,4% no semestre e 4,8% nos últimos 12 meses. Já a receita nominal de vendas do varejo ampliado mantém-se positiva em relação a junho de 2014 (3,1%), mas recuou 0,4% no acumulado do ano. No indicador acumulado nos últimos 12 meses, a taxa variou 1%. A situação é preocupante e espera-se que, nos próximos meses, a situação melhore para garantir crescimento na economia e a manutenção de empregos no setor. Não há dúvida de que a situação é reflexo da crise em todo o País.