Cidades

Alckmin admite que Rio Guaió está sem água por conta de período de seca

18 AGO 2015 • POR • 08h01

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse ontem, que a transposição do Rio Guaió para o Sistema Produtor Alto Tietê (Spat) "está funcionando" embora tenha admitido que neste momento não há água para ser levada à Estação de Tratamento de Água (ETA) de Taiaçupeba por conta do período de seca. A obra foi inaugurada pelo tucano há cerca de 50 dias para "garantir o abastecimento hídrico durante o período seco" e socorrer o manancial. Reportagem do jornal O Estado de Paulo publicada ontem confirmava que as bombas estavam desligadas por causa do baixo nível do rio. "Nós fizemos uma interligação ligando o Rio Guaió com a Represa de Taiaçupeba. Foi feito. Está funcionando. Tem bombas, tubulações, funciona há 50 dias. Quero reafirmar que, em média, dá para transpor do Guaió para a Represa de Taiaçupeba um metro cúbico (mil litros) por segundo. Quando chover bastante, vai passar de um metro cúbico por segundo. É importante porque você melhora a reservação do Taiaçupeba. Enche a represa mais depressa", disse Alckmin. Quase 50 dias após a inauguração da obra na qual a Sabesp gastou R$ 28,9 milhões para transpor 1 mil l/s para a Represa Taiaçupeba, em Suzano, onde fica a estação de tratamento do Alto Tietê, a operação estava paralisada porque o rio secou. No dia 29 de junho, quando acionou as bombas durante um evento para a imprensa, Alckmin disse que a obra iria "beneficiar mais de 300 mil moradores" da Grande São Paulo. Agora, o governador afirma que a transferência de água do Guaió para o Alto Tietê depende de vazão afluente do rio. "Quando vem o final da seca como é o mês de agosto, estamos em plena seca do final do inverno, é claro que reduz a afluência de água. Então, você passa menos água, mas a obra está funcionando há 50 dias. Agora, é natural, se chover a semana que vem, vai transpor bastante. Se for 20 dias seco, você transpõe menos. É natural, a afluência cai não só no Tietê, cai também no Guaió". Em junho, Alckmin disse que estava "entregando a primeira das três obras importantíssimas para garantir o abastecimento hídrico durante o período seco", que vai de abril a setembro. As outras duas são a ampliação da capacidade de produção do Sistema Guarapiranga em 1 mil l/s, inaugurada em 20 de julho, mas também em "pré-operação", e a transposição de 4 mil l/s da Billings para a Taiaçupeba, que está três meses atrasada e só deve entrar em operação em outubro, segundo a Sabesp. "A boa notícia é que em setembro nós vamos ter quatro metros cúbicos por segundo (4 mil l/s) do Rio Grande (braço da Billings) indo também para o Alto Tietê. Tudo que estava programado está sendo cumprido. Mesmo com uma seca, é impressionante. A média do mês de agosto era em torno de 40 milímetros de pluviometria, seja no Alto Tietê, Guarapiranga, Cantareira. Nós já estamos no dia 17 e choveu um milímetro. Praticamente já passou a metade do mês e não choveu nada nessas três semanas. Mesmo assim está garantido o abastecimento e a população tem nos ajudado através do uso racional de água", disse Alckmin.