Editorial

Taxa de desemprego

21 AGO 2015 • POR • 08h00

A luta para manter o emprego na indústria tem sido constante em meio à crise no País. Com a economia está desacelerada, o governo federal tem apresentando sugestões para manter o emprego, mas os índices estão desanimadores. Ontem, nova estatística foi divulgada mostrando uma situação precária. Só para se ter uma ideia, desde o início do ano, o desemprego no Brasil só cresce. Em julho, chegou a 7,5%, sétima alta mensal consecutiva. A taxa é a maior para meses de julho desde 2009, quando atingiu 8%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em junho, o índice ficou em 6,9% e, no sétimo mês de 2014, em 4,9%. A preocupação atinge praticamente todos os setores. A indústria tem tentando buscar alternativas, mas sabe que uma possível mudança na política econômica é que deverá contribuir para incrementar novos postos de trabalho em todo o País. O trabalhador também deve se preparar. Por exemplo: buscar uma qualificação e se manter atualizado na área em que atua é a dica dos especialistas não só para quem está desempregado. Quanto mais cedo o profissional se preocupar com isso, maior a chance de “salvar” o emprego. A crise pode ser uma oportunidade para que o trabalhador pare e reflita se é um profissional atrativo no mercado. Se não for, ele deve pensar o que pode fazer para se tornar um bom profissional. A possível ameaça da perda do emprego vem fazendo com que os profissionais mudem sua postura no trabalho. Para se mostrar essencial à empresa, é necessário ser proativo, ter disposição para aprender novas tarefas, desenvolver atividades que não sejam necessariamente da área em que atua e colaborar com os colegas. A situação crítica chama mais atenção por conta da intensidade do fenômeno (redução de vagas), não o fenômeno em si. Na última pesquisa, a população ocupada ficou estatisticamente estável – em 22,8 milhões de pessoas – em ambas as comparações. O movimento indica que muitos brasileiros que não trabalhavam, nem procuravam trabalho, passaram a disputar vagas com quem já estava no mercado. A situação tem preocupado, mas é importante ter esperança na possibilidade de melhoras. Tanto o governo, como os trabalhadores devem fazer a sua parte neste momento de crise.