Editorial

Redução de gastos

25 AGO 2015 • POR • 08h00

A crise financeira que afeta o País fez o governo federal tomar mais medidas importantes. Foi anunciado ontem que serão reduzidos o número de ministérios, de 39 para 29. Os gastos serão diminuídos. A economia com o dinheiro público vai aumentar. Muito se fala que a grande quantidade de ministérios serve para “abarcar”pessoas indicadas por partidos da base, para receber indicados de aliados políticos. A situação crítica na economia, que pode até melhorar, chega a um patamar em que o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) tem de tomar providências. A medida faz parte de um pacote de reforma administrativa apresentado a ministros durante reunião da coordenação política. Os ministérios a serem extintos serão definidos até o fim de setembro por uma equipe do governo. Sem dúvida, é uma forma de se chegar a uma redução, sobremaneira, dos gastos públicos. São milhares de funcionários em toda a máquina que, realmente, é gigantesca, mas que neste momento de crise requer ajustes e adequações. Sem dúvida, este será um processo que envolve todo o governo federal, todos os órgãos e autarquias, envolve também uma melhor governança de empresas estatais. É um processo que precisa ser construído a várias mãos, deve ser feito com participação dos diversos ministérios, dos órgãos e estatais do governo. A definição dos ministérios que serão extintos vai levar em conta critérios de gestão e políticos, como o atendimento a partidos da base aliada do governo, que comandam algumas pastas. A reforma também inclui cortes em estruturas internas de órgãos, ministérios e autarquias – com a redução de secretarias. Só para se ter uma ideia, o governo tem 22 mil cargos comissionados. Pelo menos, 74% são ocupados por funcionários públicos, mas cerca de seis mil não são do quadro. Desde a campanha presidencial de 2014, a oposição cobra redução de ministérios. É importante, neste momento, que seja proposto um aperfeiçoamento da gestão do patrimônio da União, o que na prática significa que imóveis serão colocados à venda. A medida é importante para esse momento de crise.