Judô do Brasil tem a pior participação dos últimos 16 anos no Mundial
Após uma semana com resultados nada animadores, a participação brasileira no Mundial de Judô terminou de forma decepcionante. No último dia das disputas individuais, os pesos pesados entraram no tatame com a responsabilidade de ao menos tentar fazer o País se aproximar da meta estabelecida pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ), mas sequer alcançaram a terceira rodada. O Brasil terminou com apenas duas medalhas de bronze. Luciano Corrêa (até 100 kg) e David Moura (acima de 100 kg) venceram apenas uma luta, enquanto Rochele Nunes e Maria Suelen Altheman (ambas acima de 78 kg) foram eliminadas logo na primeira rodada. Assim, o País teve seu pior desempenho em mundiais desde a edição de Birmingham 1999, quando ficou com apenas um bronze, com Sebastian Pereira na categoria até 73 kg. Neste ano, as medalhas foram conquistadas por Érika Miranda (até 52 kg) e Victor Penalber (até 81 kg). Semana passada, Ney Wilson, gestor de alto rendimento da CBJ, havia afirmado que a meta era "chegar a quatro ou cinco medalhas, fazer pelo menos duas finais e apresentar um rosto novo no masculino". Nomes de peso, como a atual campeã olímpica Sarah Menezes (até 48 kg) ou as campeãs mundiais Rafaela Silva (até 57 kg) e Mayra Aguiar (até 78 kg) não chegaram nem perto das disputas por medalhas. A um ano dos Jogos do Rio, o desempenho é preocupante - o judô é uma modalidade vital pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) para que o País cumpra a meta de terminar a olimpíada do ano que vem entre os dez melhores no quadro geral de medalhas. LUTAS Ontem, o meio pesado Luciano Corrêa venceu por um shido o húngaro Miklos Cirjenics, mas na sequência foi derrotado pelo britânico Benjamim Fletcher. O peso pesado David Moura, que conquistou o ouro no Pan-Americano de Toronto, passou pelo letão Vladomirs Osnachs na estreia, mas em seguida perdeu sua luta para o japonês Ryu Shichinore. No feminino, Rochele Nunes e Maria Suelen Altheman perderam logo de cara para a chinesa Sisi Ma e a sulcoreana Mijeong Kim. Maria Suelen, prata nas últimas duas edições, abandonou a primeira luta após sentir uma lesão no joelho. No ano passado, ela e Rafael Silva tinham conseguido deixar o judô brasileiro dentro da meta estabelecida ao conquistar medalhas no último dia, mas a gaúcha repetiu o desempenho e Rafael Silva não participou deste Mundial por estar machucado.