A Polícia Civil do Tocantins deflagrou, nesta quinta-feira (10), a “Operação Ghostbusters” em cinco cidades de São Paulo. Entre elas, Ferraz de Vasconcelos. Os agentes também cumpriram mandados em São Paulo, Praia Grande, Araçatuba e Guarulhos. A polícia de São Paulo também auxiliou na ação, que contou com a participação de 60 agentes.
São quatro ordens de prisão preventiva, contra três suspeitos, e 14 mandados de busca e apreensão expedidos por duas varas criminais de Palmas, capital do Estado.
A ação visa desarticular uma organização criminosa especializada no ataque conhecido como “Mão Fantasma”, onde a vítima tem a conta bancária esvaziada. Um suspeito foi preso. Ele não teve a identidade revelada e nem a cidade de onde foi detido. O grupo criminoso causou um prejuízo estimado de R$ 120 mil às vítimas, todas moradoras de Palmas. A investigação é realizada pela Divisão Especializada de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC - Palmas).
Mão Fantasma
O crime se inicia quando o criminoso liga para a vítima e se apresenta como funcionário de uma instituição financeira. Ele comunica a vítima sobre possíveis movimentações atípicas em sua conta bancária, como compras, transferências suspeitas e tentativas de invasão, notificadas previamente por mensagens SMS.
“Diante da negativa da vítima quanto à confirmação de tais movimentações e acessos, o suposto funcionário indica a necessidade de uma varredura digital no dispositivo, que seria executada remotamente pelo atendente por meio da instalação de um aplicativo, procedimento que reforçaria os mecanismos de segurança”, explicou o delegado Lucas Brito Santana, no site da corporação.
De acordo com a polícia, quando instalado o aplicativo, é atribuído acesso remoto do dispositivo ao criminoso. Então, ele passa a subtrair, sob os olhares da vítima, todos os valores contidos em suas contas, até mesmo os créditos em potencial, por via de uma série de transações, como transferências, pagamentos, empréstimos e adiantamentos.
A corporação descreve os criminosos como cordiais e que utilizam linguagem culta. Além disso, utilizam recursos tecnológicos, como as gravações das centrais, e simulam transferências para outros atendentes, podendo, inclusive, mascarar o número de telefone adotado pelas instituições financeiras.