Três integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) foram condenados, nesta quinta-feira (13), a mais de 22 anos de prisão por participarem de um “tribunal do crime”, realizado em janeiro de 2022, em Mogi das Cruzes. O crime resultou na morte de Michael Jackson Rabello. Ele tinha 36 anos quando foi assassinado. O corpo foi encontrado em uma área de mata, em Itaquaquecetuba.
A informação é do Ministério Público de São Paulo (MP-SP). De acordo com o MP, cada réu foi condenado pelos crimes de associação criminosa, homicídio triplamente qualificado, cárcere privado e ocultação de cadáver. Ele foi acusado pelos criminosos de estuprar uma jovem durante uma festa.
O crime
De acordo com a denúncia, a vítima e três testemunhas foram levadas para um cativeiro, no bairro do Oropó, em Mogi. No local, o trio teria interrogado os envolvidos e concluiu que o homem era culpado. Ele foi assassinado com diversos golpes na cabeça. O corpo foi localizado na Estrada do Merendá, em uma cova rasa.
"É certo que o homicídio foi cometido por motivo torpe, uma vez que os denunciados resolveram ceifar a vida da vítima após um julgamento clandestino, à revelia da atuação e do conhecimento estatal, o qual possui o monopólio do uso da violência, tornando-a legítima em um Estado Democrático de Direito", diz trecho da denúncia apresentada pelo promotor Cláudio Sérgio Alves Teixeira.