O prefeito de Ferraz de Vasconcelos, Acir Filló (PSDB), ao lado do advogado André Novaes, afirmou ontem, em coletiva à imprensa, que são infundadas as acusações de desvio de dinheiro público, super faturamento, retenção de contribuição social ao INSS e fraudes relacionadas a empresas fantasmas, apontadas pela procuradoria municipal. Filló disse, ainda, que está tomando as medidas possíveis junto aos órgãos responsáveis para esclarecer o caso. De acordo com o prefeito, as acusações tiveram início devido à recusa dele de participar de irregularidades ou de se deixar extorquir por alguns funcionários públicos. "Esses procuradores coagiram outros funcionários e tentaram me extorquir várias vezes, com o objetivo de participar de negócios da administração pública para receber repasses irregulares. Um exemplo, que temos como prova, é um pedido por escrito de dois procurados, Marcus e Gabriel, para receber por horas extras que nunca foram trabalhadas. Eu evitei fazer estas denúncias porque não podemos viver em uma guerra com os procuradores", contou Filó. Sobre as várias acusações que repercutiram devido à notícia divulgada no programa televisivo Jornal da Band, na última terça-feira, Filló afirmou sua inocência. "Não temos problemas como irregularidades na Prefeitura de Ferraz. As acusações são inverdades", explicou. A respeito do caso de retenção da contribuição social dos funcionários públicos ao INSS, o prefeito apontou a dificuldade com a queda de arrecadação financeira. "Acontecem atrasos no repasse da contribuição do INSS, mas estamos resolvendo, sempre nos adiantamos para resolver, além de cortar o quadro de funcionários comissionados. Já foram 200 cortes". Ainda sobre as acusações, Filló pontuou não ser do conhecimento da Prefeitura as empresas fantasmas, que possuem atividades com a administração da cidade e não têm sede. "O departamento de compras não investiga a procedência das empresas contratadas. São milhares de compras todos os meses, não há como realizar estas vistorias. Contudo, se houve denúncia, temos que investigar, sim, e punir os responsáveis", comentou. Como medida inicial, Filló informou que está abrindo processos jurídicos para afastar os procuradores, sendo que um afastamento já foi realizado.