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Jornal Diário de Suzano - 20/10/2024
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Câncer de mama: projeto-piloto da Hapvida reduz em 75% o tempo de espera de pacientes

Uso de Inteligência Artificial auxilia na identificação de resultados sugestivos da doença e agiliza início do tratamento

21 outubro 2024 - 16h24Por Da Região

Diagnóstico precoce seguido de tratamento. Esse é o princípio fundamental para se ampliar as chances de cura nos casos de câncer de mama. É também, junto ao acolhimento, um dos pilares que a Hapvida NotreDame Intermédica segue para o atendimento oncológico em sua rede. Para isso, a empresa de saúde implantou um projeto-piloto que usa a tecnologia para agilizar a investigação inicial e o diagnóstico do tumor.

“O diagnóstico precoce é pilar fundamental para cura do câncer de mama. Quanto antes iniciarmos o tratamento, maior a possibilidade de cura. Dessa forma, o rastreio regular é essencial para tal diagnóstico, evitando cirurgias mutiladoras e tratamentos invasivos”, afirma o mastologista da Hapvida, Giovanni Magalhães.

Para acelerar várias etapas da investigação com o objetivo do diagnóstico e tratamento precoce, a empresa conta com o “Alerta Rosa”, projeto-piloto do programa “Navegar”, uma iniciativa que utiliza a Inteligência Artificial para mapear e amparar os pacientes oncológicos em toda a sua jornada – desde a investigação de um possível câncer até o acompanhamento do tratamento oncológico.

A iniciativa está em fase inicial no Ceará e utiliza uma IA que busca bi-rads (resultado) no laudo dos exames de imagem. Uma vez detectada uma classificação sugestiva de câncer de mama, a equipe entra em contato com o paciente para explicar o programa e convidá-lo a fazer parte.

“Temos uma equipe de navegação dedicada ao direcionamento e o acolhimento dos pacientes. Uma vez dentro do Navegar, eles recebem todo o apoio no agendamento de consultas médicas com mastologistas e agendamento de exames de mama como a biópsia. Temos o apoio do corpo clínico, assistencial e administrativo para a condução célere e humanizada; um cuidado que vai muito além do diagnóstico”, explica Ana Cristina Lessa, médica consultora do programa.

A navegação ocorre até o diagnóstico final – tumor benigno ou maligno – e o encaminhamento para tratamentos de controle ou oncológico, respectivamente.

A primeira fase deve ser concluída até o final deste ano, mas os dados preliminares já apontam a redução de 75% do tempo médio de atendimento das pacientes, entre o resultado do exame de imagem de mama até o retorno ao mastologista com o resultado da biópsia. Em 2021, esse prazo era de 136 dias e, agora, para as pacientes que fazem parte do programa, esse intervalo é de apenas 33 dias.

“O programa colabora com a otimização da jornada diagnóstica do câncer de mama, pois se utiliza de protocolos para padronizar condutas de acordo com o resultado dos exames. Além disso, temos um canal de comunicação exclusivo e um fluxo individualizado de navegação, que é o acompanhamento e o direcionamento dos pacientes com risco de câncer de mama”, explica Francisco Souto, vice-presidente de Operações Hospitalares e Programas de Saúde da Hapvida NotreDame Intermédica.

Paciente participante

A diretora de Relacionamento Assistencial, Giselle Palmeira, de 42 anos, sabe bem do valor do tempo para o tratamento bem-sucedido do câncer. Com a dor de perder a mãe de 50 anos para um câncer de mama detectado tardiamente, ela agora, passando pelo tratamento da mesma doença, tem a chance de ressignificar esse momento difícil. Giselle é uma das 119 mulheres que participam das fases de testes do projeto-piloto “Alerta Rosa”.

A diretora teve a suspeita do câncer de mama, em julho, depois de exames de rotina, na rede Hapvida. Foi, então, convidada a integrar o programa Navegar. Por benefício da IA, quinze dias depois dos primeiros exames, teve o diagnóstico fechado de câncer de mama e tão logo iniciou o tratamento, com cirurgia de mastectomia parcial e radioterapia. No caso dela, o tumor ainda era tão pequeno que a quimioterapia foi desaconselhada. Neste outubro, três meses depois do diagnóstico, Giselle está finalizando o tratamento, tendo cumprido também as quinze sessões de radioterapia recomendadas pelo médico.

“O ‘Alerta Rosa’ e todo o programa ‘Navegar’ têm feito muita diferença na minha vida e na minha experiência com o câncer de mama, por tudo que eu passei com a minha mãe. Eu me sinto muito privilegiada. Agradeço a Deus todos os dias por essa oportunidade. Além da tecnologia, tem todo o acolhimento, o acompanhamento. Quando a gente recebe um diagnóstico como esse, a gente fica totalmente desorientada, sem saber qual o próximo passo. O programa dá um rumo, nos acolhe, acolhe nossa família, nos orienta dia a dia sobre o que fazer, qual exame fazer, nos encaminha para os médicos. A gente não se sente sozinha. É muito mais do que a rapidez entre diagnóstico-tratamento-cura. É se sentir amparada no percurso inteiro”, resume Giselle.

Outros dados sobre a primeira fase de testes

Os dados preliminares do projeto-piloto Alerta Rosa, integrante do programa Navegar para pacientes oncológicos, são referentes ao período de 1º de julho a 3 de outubro de 2024. Por meio dos exames de ultrassonografia e mamografia realizados pela rede Hapvida no Ceará, foram identificados 435 pacientes elegíveis para o programa Navegar. Destes, 230 foram captados para o projeto-piloto Alerta Rosa. A partir de então, 119 pacientes cumpriram todo o percurso da primeira fase de testes, que vai da solicitação de novos exames até o retorno ao mastologista com resultados da biópsia, em que se verifica a redução significativa do tempo de avaliação. Em 2021, esse prazo era de 136 dias e, agora, para as pacientes que fazem parte do programa, esse intervalo é de apenas 33 dias. Uma diminuição de 75% do tempo de espera.

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