O Governo de São Paulo estuda acabar com as praças de pedágio em todas as rodovias concedidas do Estado, inclusive a Rodovia Ayrton Senna (SP-70) que corta o Alto Tietê . Também estão inclusas a Bandeirantes (SP-348) e a Anhanguera (SP-330), que cortam a RPT (Região do Polo Têxtil).
O projeto prevê a cobrança por meio do sistema “free flow”, fluxo livre, tecnologia com sensores que calculam a tarifa por quilômetro rodado. Dessa forma, não haveria mais a necessidade do motorista parar em praça de pedágio, com consequente redução do tempo de viagem.
Em evento na semana passada, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse que esse sistema vai gerar um aumento no número de pagantes e, consequentemente, causará uma redução no valor da tarifa.
“A ideia é substituir paulatinamente todas as praças de pedágio do Estado de São Paulo, é trabalhar com free flow. E, quando a gente aumenta a base de pagantes, a tarifa diminui. Essa é a lógica”, afirmou.
Segundo a Agência de Transporte do Estado de São Paulo ( Artsp) está prevista a implantação do Sistema Automático Livre – de cobrança 100% automática –, com a eliminação de todas as praças de pedágio, que serão substituídas por pórticos, no Lote Noroeste, cujo contrato será assinado em abril.
Também haverá a implantação do free flow, com a cobrança por trecho percorrido, no Trecho Norte do Rodoanel, cujo leilão da concessão ocorreu na última terça-feira (14).
“Os novos projetos de concessão também devem contar com a inovação. Para as rodovias já concedidas, há estudos em andamento”, comunicou a agência.
No Centro de São Paulo, duas praças seriam extintas: uma em Nova Odessa, no km 118 da Anhanguera; e outra em Sumaré, no km 115 da Bandeirantes. Em ambas, os motoristas pagam R$ 10,40. Já há pontos, em outras regiões, em que a implantação do novo sistema de cobrança está confirmada. O Grupo EcoRodovias, responsável pela concessão da SP-70, está atento às inovações e evoluções e está analisando, em alguns corredores viários, a melhor tecnologia disponível para projetos de free flow.
“Além disso, no momento estamos nos preparando para implantar essa solução no Lote Noroeste recém conquistado pela companhia no estado de São Paulo”, explicou o grupo.
O governo explicou que o sistema funciona da seguinte forma: quando o veículo passa pelo pórtico, as câmeras fazem a leitura das imagens frontal e traseira das placas, e um scanner a laser faz a identificação e o dimensionamento dos veículos em tempo real.
A tecnologia captura as características como altura, largura, comprimento, trajeto e velocidade de carros, motos, ônibus, entre outros parâmetros. As antenas de identificação de TAGs e as câmeras de monitoramento complementam as informações, que são enviadas para um sistema central, responsável por receber e processar todos os dados.
Os usuários que possuírem TAGs farão o pagamento automático. Aqueles que não possuírem TAG pagarão a tarifa posteriormente, por meio de plataforma digital a ser implementada pela concessionária.




Governo de São Paulo estuda acabar com as praças de pedágio em todas as rodovias concedidas do Estado, inclusive a Rodovia Ayrton Senna - (Foto: Divulgação)




