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Região

Indústrias param e mais de 2,4 mil trabalhadores são afetados pela crise

21 junho 2015 - 08h00

A crise no setor afetou pelo menos quatro indústrias de metalurgia de Suzano e Mogi das Cruzes prejudicando 2.452 trabalhadores. Medidas como férias coletivas e lay-off estão sendo tomadas pelas empresas na tentativa de minimizarem o índice de desligamentos. Em Suzano, o número de demissões nos primeiros cinco meses do ano já alcançou a marca de 416. Outros 246 cumprem férias coletivas, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Suzano. Em Mogi das Cruzes, cerca de 1.790 trabalhadores sairão de férias coletivas e lay-off. Os dados foram confirmados pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes. De acordo com o diretor sindical suzanense, Pedro Benites, de janeiro a maio deste ano, as empresas suzanenses já demitiram 416 funcionários. Em todo o ano passado foram homologadas 749 dispensas. O dado não seria preocupante se neste processo de demissões fossem contratados novos trabalhadores. Benites calcula que até o fim deste mês o número chegue a 500. Até agora, apenas uma empresa deu férias coletivas. No total são 246 trabalhadores parados. "Já negociamos bancos de horas e férias coletivas. Temos uma empresa que está com 246 trabalhadores parados. Só funciona o setor administrativo", revela. As negociações com as diretorias das empresas acontecem desde o ano passado, mas a crise começou a se agravar no início do ano. "Se aprovarem o fim das desonerações na folha de pagamento, o impacto será ainda mais negativo. As despesas com impostos devem aumentar em R$ 140 mil". O fraco desempenho na produção tem sido motivo de preocupação para o diretor sindical. "Temo que, com a crise, as empresas mandem os funcionários sejam mandados embora e as empresas não consigam pagar os direitos trabalhistas". MOGI Três empresas de Mogi das Cruzes recorreram a férias coletivas e lay-off. A partir desta segunda-feira, 150 operários da Gerdau começam a cumprir lay-off pelo período de cinco meses. Outros 80 sairão de férias coletivas e retornam no dia 29. Na Valtra, 900 operários devem sair de férias coletivas por dez dias. Na General Motors (GM), são 720 funcionários parados. Os dados foram divulgados pelo secretário do sindicato dos metalúrgicos de Mogi das Cruzes, Silvio Bernardo. "Estamos buscando medidas para minimizar o impacto para o trabalhador. Nossa preocupação está no retorno deles", contou. O sindicato informou que nesse período muitas empresas se aproveitam da crise para iniciar processos de demissão, mas que o sindicato tem tomado as providências e questionado os desligamentos. Ainda assim, segundo observou, o número de operários que comparecem para homologação no sindicato está em torno de cinco por mês. No mesmo período do ano passado a média mensal para o período era de no máximo três.

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