Manifestantes realizaram na manhã desta quarta-feira (22), em Suzano e Mogi das Cruzes, um protesto contra demissão de professores auxiliares. A Secretaria de Educação do Estado negou a possibilidade de desligamento dos profissionais.
Os atos começaram por volta das 10 horas. Em Suzano, a saída foi no Parque Max Feffer e, em Mogi, o ponto de encontro inicial foi a Praça do Rosário. Os destinos são as Diretorias de Ensino das respectivas cidades. Em um vídeo publicado nas redes sociais, o qual o DS foi marcado, uma mãe diz que os professores auxiliares estão sendo demitidos e um profissional ficará à disposição por turno, sendo um de manhã e um de tarde.
“Um professor volante que ficará para todas as crianças atípicas. Se uma criança já não aprende só com um professor, imagina tendo que ficar sozinha na sala esperando o professor de apoio. As crianças atípicas têm problemas no desenvolvimento e precisam do apoio para poder aprender. São retrocessos na educação especial”, disse a mãe no vídeo.
Secretaria de Educação nega desligamento dos profissionais
Em nota ao DS, a Secretaria de Educação do Estado (Seduc-SP) negou que os professores auxiliares serão desligados das escolas da rede estadual de ensino. De acordo com a Seduc, os professores auxiliares não reconduzidos para a função de profissional de apoio poderão atribuir aulas, conforme cronograma e critérios estabelecidos pela pasta para todo o corpo docente. Além disso, esses profissionais poderão trabalhar na Diretoria de Ensino ou atuando como eventuais na rede estadual de ensino.
Ou seja, segundo as informações da Seduc, não há desligamento de professores auxiliares, mas uma realocação dos profissionais.
A secretaria informou que a meta é dobrar o número de atendimentos nas escolas para os estudantes elegíveis aos serviços de educação especial. De acordo com a projeção da pasta, o número deve sair dos nove mil atuais para 20 mil alunos atendidos. O investimento para isso é de R$ 135 milhões. O atendimento dos Profissionais de Apoio Escolar para Atividades Escolares (PAE-AEs) será ofertado de acordo com o nível de suporte de cada estudante. A Seduc informou que os alunos com o menor nível de suporte terão um profissional compartilhado, enquanto os estudantes com maior nível de suporte terão apoio exclusivo.
A Seduc reforçou que, em pouco mais de dois anos, a pasta ampliou o número de profissionais dedicados ao atendimento dos alunos que necessitam de apoio, saindo de 20 mil para 29 mil.
Ainda no primeiro trimestre, a rede contará com a chegada de 500 estagiários dedicados à educação especial, principalmente no processo de adaptação de material e apoio aos estudantes. No segundo semestre, mais três mil profissionais de apoio reforçarão o atendimento.